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Fed acredita que chegou o tempo de "abrandar o ritmo" dos cortes de juros
Pode estar na hora, ou perto, de começar a abrandar a flexibilização da política monetária, indicaram os participantes do Comité Federal do Mercado Aberto na última reunião que ocorreu em dezembro. Alguns membros da Fed, já veem mesmo a taxa de juro diretora a poucos passos de um valor neutral.
O ciclo de corte de juros nos EUA começou em setembro, mas o banco central já apontam para uma necessidade abrandar estas reduções, de forma a cumprir a meta de manter a inflação próxima dos 2%, revelam as atas da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana, divulgadas esta quarta-feira.
"Ao discutir as perspectivas sobre a política monetária, os participantes indicaram que o Comité [Federal do Mercado Aberto] está no ponto ou próximo do ponto em que será apropriado abrandar o ritmo de flexibilização da política" monetária, pode ler-se nas atas.
Na realidade, na reunião em que foram dados estes sinais pelos membros do FOMC, o banco central decidiu fechar o ano com um corte (esperado) de 25 pontos base da taxa dos fundos federais, tendo, no entanto, revisto em baixo o "dot plot", ou seja as perspetivas sobre os cortes de juros para este ano e para 2026.
Se nas previsões de setembro apontava para que os juros terminassem nos 3,4% no final deste ano, agora a autoridade monetária liderada por Jerome Powell (na foto) acredita que devem cifrar-se em 3,9%, devendo chegar aos 3,4% apenas em 2026 (quando antes apontava para que no final desse ano a taxa dos fundos federais tocasse nos 2,9%). Na altura, Powell explicou que "o ritmo mais lento dos cortes [dos juros este ano] reflete a expetativa de que a inflação será mais elevada.
Desde que iniciou a 18 de setembro o ciclo de descida dos juros diretores – mas com um corte jumbo, de 50 pontos base, a taxa dos fundos federais já foi reduzida em 100 pontos base, o que para "alguns participantes" do FOMC significa que a os juros estão "mais próximos do valor neutral do que quando o Comité iniciou a flexibilização da política [monetária] em setembro".
Além disso, "muitos participantes [do FOMC] sugeriram que há uma variedade de fatores que sublinha a necessidade de uma abordagem cuidadosa das decisões de política monetária nos próximos trimestres", acrescenta o documentos. Estes fatores incluem os recentes números ("elevados") da inflação, "a continuação da força do consumo", a redução dos riscos relativamente ao mercado de trabalho e à atividade económica e o aumento do risco de subida da inflação.
A inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC) acelerou uma décima em novembro para os 2,7% em termos homólogos. Os números do último mês de 2024 são publicados no próximo dia 15 de janeiro.
(Notícia atualizada às 19:31 horas).
