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Resistir à crise em "Oeiras Valley"

"Oeiras Valley" foi definido no âmbito do Programa Estratégico da AITECOEIRAS, como uma Região Integrada de Desenvolvimento, suportada em Unidades de Conhecimento Intensivo, ligadas aos Clusters das Tecnologias de Informação e Comunicação, Biotecnologias e Tecnologias da Saúde e Tecnologias Tropicais

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"Oeiras Valley" foi definido no âmbito do Programa Estratégico da AITECOEIRAS, como uma "Região Integrada de Desenvolvimento, suportada em Unidades de Conhecimento Intensivo, ligadas aos Clusters das Tecnologias de Informação e Comunicação, Biotecnologias e Tecnologias da Saúde e Tecnologias Tropicais, onde são criadas as condições necessárias para a localização, a nível internacional, destas unidades, promovendo emprego qualificado e condições impares de qualidade de vida e de ambiente de trabalho".

De acordo com o mesmo programa estratégico, as variáveis estratégicas de competitividade que diferenciam "Oeiras Valley" ou, na terminologia de Teece, os "activos únicos e não replicáveis" desta Região, são os seguintes:
• Um Sistema Social profundamente equilibrado e integrado na rede urbana.
• Um Sistema Educativo, Primário e Secundário, Publico e Privado, de grande qualidade e eficiência.
• Um Sistema de Planeamento Urbano, tecnicamente sofisticado e de grande qualidade.
• Um Ambiente Internacional, em termos académicos, empresariais, sociais, económicos e culturais.
• Um Sistema Integrado, englobando Universidades, Institutos de Investigação e Empresas de Tecnologia Intensiva.
• O "Taguspark" - o maior, melhor e mais sofisticado e completo parque tecnológico nacional, com uma aproximação internacional.
• O "Oeiras Valley Convention Center" - o melhor e mais sofisticado, em termos nacionais, Centro de Congressos e de Exposições, unidade âncora fundamental para as acções de marketing e promoção nacional e internacional (em conclusão).
• O "Parque dos Poetas" - a maior e mais sofisticada infra-estrutura ambiental e cultural nacional, de qualidade e visibilidade internacional (em conclusão).
A reflexão que propomos no presente artigo é suportada nas seguintes questões:
• A crise social, económica e financeira que atingirá "Oeiras Valley" em 2011 e 2012 será mitigada quando comparada com a que atingirá o restante território nacional?
• As variáveis de competitividade de "Oeiras Valley" permitirão a continuação da atracção do investimento estrangeiro e o crescimento empresarial sustentado da Região?
• Será possível prosseguir a criação de mais unidades de conhecimento intensivo - universidades, institutos de investigação e empresas de alta tecnologia - que estejam na base da criação de emprego qualificado e actividades de exportação de alto valor acrescentado?
• Continuará a verificar-se um sistema de grande equilíbrio social que possibilite o desenvolvimento harmonioso do tecido humano da região, mantendo baixos índices de violência e de criminalidade urbana e uma boa qualidade de vida, em geral?
• Manter-se-á o espírito de inovação permanente que caracteriza "Oeiras Valley" nas suas múltiplas vertentes?
• Prosseguirá e aprofundamento e estreitamento das ligações entre os elementos deste sistema, com a inclusão de mais projectos estruturantes nos domínios complementares - clínicas, colégios, parques desportivos, ..?
Consideramos ser possível responder afirmativamente a todas estas questões, desde que sejam satisfeitos os seguintes pressupostos:
• A manutenção da aproximação sistémica ao desenvolvimento de "Oeiras Valley", tendo em atenção todos os subsistemas de competitividade referidos.
• Uma postura de austeridade mas de focagem nos objectivos estratégicos da Região, no âmbito dos investimentos públicos.
• Uma gestão austera, competente, eficiente e focada de todas as infra-estruturas de conhecimento e de promoção que suportam o sistema: Universidades, Institutos de Investigação, Parques Tecnológicos e Empresas de base tecnológica.
• Uma permanente abordagem internacional de todas as unidades que constituem "Oeiras Valley" competindo agressivamente e com as ferramentas teóricas adequadas no mercado global.
• Uma liderança regional clara, inovadora e ambiciosa e um grande consenso entre as forças económicas, politicas, sociais, universitárias e empresariais da Região para a necessidade de se manter a dinâmica desenvolvimentista integrada de "Oeiras Valley".

Neste processo competitivo, a AITECOEIRAS, Agência de Desenvolvimento de "Oeiras Valley" cumprirá a sua missão.

Todas as indicações que temos apontam para uma postura e determinação equivalentes em todas as outras entidades - publicas e privadas - que contribuem para o sucesso de "Oeiras Valley".

Se ganharmos esta batalha, estaremos, em 2013, em condições de iniciar um novo combate, mais ambicioso, mas também mais mobilizador: replicar o conceito de "Oeiras Valley" para outras regiões do nosso país.


(*) Professor Associado Convidado do ISCTE
(**) Secretária-geral da AITECOEIRAS
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