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Os anúncios de Alberto Costa

Uma mentira repetida muitas vezes torna-se, normalmente, numa verdade. Uma verdade martelada três vezes é uma espécie de eco de alguém que está a cair num abismo e que acredita que, assim, alguém o escutará.

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Alberto Costa é um ministro que está em queda livre e que se esqueceu de comprar um pára-quedas. Vai estatelar-se, mais dia menos dia, num pântano. Aquele que Guterres deixou e que nunca ficou seco. Agora Alberto Costa, dentro do princípio governamental de anunciar tudo em estilo de espectáculo de pirotecnia, sussurrou que vai haver mais centena e meia de novos inspectores para a PJ. Em Janeiro anunciara 200. E em Março anunciara 150. Tudo junto daria algo como 500 novos membros da PJ. Mas, afinal, parece que os diferentes anúncios se referem sempre aos mesmos elementos. Que ainda não entraram na PJ. Compreenda-se que Alberto Costa seja uma espécie de Obélix: como não bebe poção mágica, pois caiu no caldeirão quando era criança, tem de se recordar das suas anteriores medidas. E repete-as até à exaustão. Alberto Costa é um ministro «sui generis»: tomou uma decisão e vai passar o resto da vida a repeti-la. É como se estivéssemos sempre a ver o mesmo episódio dos «Malucos do Riso». Alberto Costa caiu ao mar. Está a afogar-se. E escolheu um tubarão como bóia.
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