Opinião
Kodak e Viarco
Duas empresas, duas marcas, dois símbolos de épocas, duas escalas: a Kodak e a fábrica de lápis Viarco. Ambas fazendo parte da minha memória de infância. Segundo as notícias, enquanto a Kodak corre o risco de entrar em insolvência, a Viarco caminha num processo de recuperação e modernização.
Duas empresas, duas marcas, dois símbolos de épocas, duas escalas: a Kodak e a fábrica de lápis Viarco. Ambas fazendo parte da minha memória de infância. Segundo as notícias, enquanto a Kodak corre o risco de entrar em insolvência, a Viarco caminha num processo de recuperação e modernização.
Simbolicamente, estão aqui representados os perigos e as oportunidades decorrentes da globalização, da acentuada concorrência e da vertiginosa evolução tecnológica.
A Kodak, com mais de 130 anos, e a quem devemos em parte o fascínio da fotografia, da cor e do filme, foi ultrapassada pela concorrência. Uma paradoxal vítima do choque tecnológico por incapacidade de o liderar. O digital, curiosamente originado e patenteado na Kodak, foi melhor e mais rapidamente aproveitado por outras marcas.
A Viarco, uma centenária e obsoleta fábrica portuguesa (a única de lápis), está num processo de modernização gestionária, procurando potenciar nichos de mercado interno e externo que aliem tradição e inovação. Um despertar originado pela ousadia de um jovem casal da família dos seus fundadores.
De um lado, o provável desmoronar de uma empresa de referência mundial, incapaz de contrariar a competição, reencontrar o seu espaço e reinventar um marketing de sucesso, num ambiente que, além de predatório, é reconhecidamente ingrato para o imobilismo e a acomodação. Parar é morrer, agora mais do que nunca.
De outro lado, a reinvenção de novos e arriscados caminhos, não apenas para a sobrevivência, mas para a sustentação de um projecto. Usando a criatividade e o arrojo para juntar ideias novas aos velhos lápis e conquistar novos mercados. Lutar com inteligência, é para isso um decisivo passo. Uma imagem do que o país precisa. Sem o sucesso das empresas não há futuro.
Economista e ex-ministro das Finanças em governo PSD/CDS
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Simbolicamente, estão aqui representados os perigos e as oportunidades decorrentes da globalização, da acentuada concorrência e da vertiginosa evolução tecnológica.
A Viarco, uma centenária e obsoleta fábrica portuguesa (a única de lápis), está num processo de modernização gestionária, procurando potenciar nichos de mercado interno e externo que aliem tradição e inovação. Um despertar originado pela ousadia de um jovem casal da família dos seus fundadores.
De um lado, o provável desmoronar de uma empresa de referência mundial, incapaz de contrariar a competição, reencontrar o seu espaço e reinventar um marketing de sucesso, num ambiente que, além de predatório, é reconhecidamente ingrato para o imobilismo e a acomodação. Parar é morrer, agora mais do que nunca.
De outro lado, a reinvenção de novos e arriscados caminhos, não apenas para a sobrevivência, mas para a sustentação de um projecto. Usando a criatividade e o arrojo para juntar ideias novas aos velhos lápis e conquistar novos mercados. Lutar com inteligência, é para isso um decisivo passo. Uma imagem do que o país precisa. Sem o sucesso das empresas não há futuro.
Economista e ex-ministro das Finanças em governo PSD/CDS
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