Opinião
Como pode a produção nacional de polímeros ajudar no combate à Covid-19
O Coronavírus veio mudar completamente o nosso mundo e a perceção que temos dele. Vemos diariamente o papel incansável de médicos e enfermeiros a cuidarem de quem mais precisa com as máximas precauções.
O Coronavírus veio mudar completamente o nosso mundo e a perceção que temos dele. Vemos diariamente o papel incansável de médicos e enfermeiros a cuidarem de quem mais precisa com as máximas precauções. E mesmo os cidadãos comuns correm para as farmácias na procura por EPIs (equipamentos de proteção individual) para que possam estar mais seguros face a este inimigo invisível.
Materiais como as batas médicas, as luvas, as máscaras, os óculos ou as viseiras fazem agora parte do nosso dia-a-dia. Mas será que já parámos para pensar no que é necessário para a produção de todos estes equipamentos? Falamos de polímeros, que são essencialmente cadeias moleculares modificadas que possibilitam a produção de grande parte dos materiais mais usados nas nossas vidas.
Em Sines, a Repsol produz todos os anos cerca de 800 mil toneladas de diferentes matérias-primas, etileno e propileno, destinadas ao fabrico de vários produtos, como polietilenos de alta densidade, polietilenos de baixa densidade, que são usados na produção dos mais variados materiais ao serviço do setor da saúde. Uma produção que não foi interrompida pelo atual contexto, tendo sido mantida a produção em contínuo.
Aliás, ganhou ainda maior relevância, por permitir o fabrico de equipamentos que hoje, mais do que nunca, ajudam a salvar vidas. Toda a cadeia hospitalar necessita de materiais com uma forte resistência e durabilidade e que funcionem como barreira na transmissão do vírus. Para que o trabalho de todos aqueles que estão na linha da frente dos cuidados de saúde seja desenvolvido com a máxima eficácia e segurança, a atividade química tem um papel fundamental e deve continuar.
Por isso, ao contrário de outras indústrias que infelizmente foram forçadas a travar a sua produção, esta manteve-se para que os prestadores de cuidados de saúde nacionais e internacionais pudessem travar a luta das suas e das nossas vidas. É um trabalho contínuo de aperfeiçoamento. Ainda no ano passado, a Repsol incorporou novos graus de polietileno de baixa densidade com uma gama alargada de fluidez e densidade na unidade de Sines.
A par da ampla utilidade dos polímeros, e do seu contributo para e melhoria da qualidade de vida das pessoas e para o seu bem-estar e segurança, estes produtos também terão um papel na construção de uma economia mais descarbonizada. Na Repsol, apostamos em química eficiente no processo industrial, orientado para a economia circular, com a ambição de atingir 20% do conteúdo reciclado no total da nossas poliolefinas até 2030. Um objetivo que está alinhado com o compromisso de atingirmos zero emissões líquidas em 2050.
Há mais de 40 anos que a Repsol trabalha nesta área e, num momento tão especial como este, estamos ainda mais comprometidos com os melhores padrões de produção e com a oferta de material que ajude a salvar vidas e a travar esta batalha.