Opinião
Bons ventos e espectaculares casamentos
Segundo dados do INE, o índice de confiança dos consumidores portugueses continua a ser dos mais baixos da Europa. É triste ver-vos tão desanimados, amigos consumidores. Nem a palavra saldos vos anima, não é? Façam como eu. Já comecei a gastar mas sem...
Segundo dados do INE, o índice de confiança dos consumidores portugueses continua a ser dos mais baixos da Europa. É triste ver-vos tão desanimados, amigos consumidores. Nem a palavra saldos vos anima, não é? Façam como eu. Já comecei a gastar mas sem exageros. Vou ao supermercado, mas levo sempre comigo o Professor Medina Carreira, para não cair em tentações. Sinto algum embaraço, por causa do tique que ele tem - parece que está sempre a comer pevides -, as empregadas da caixa pensam que ele abriu um pacote e não pagou, mas compensa.
Sejamos honestos (só por um bocadinho, não quero estragar a campanha eleitoral a ninguém), as expectativas dos consumidores portugueses têm vindo a descer desde que corremos com os espanhóis.
Os nossos vizinhos são melhores que nós no que diz respeito aos negócios, com ou sem patins. São bons nisso. Já quando fizemos o Tratado de Tordesilhas, dividimos o mundo ao meio mas a linha ficou para eles (sempre são mais 39.830 quilómetros a andar em linha recta - corresponde ao diâmetro da terra). É apenas nesta óptica que faz sentido a pergunta: "Portugal devia fazer parte de Espanha?". Porque se a letra da canção de Paco Bandeira fosse: " Ó Elvas, Ó Elvas, Darfur à vista", já ninguém falava em alianças com vizinhos.
Ainda não me de debrucei o suficiente, sobre as vantagens e desvantagens de ser espanhol, para poder ter uma opinião minimamente informada, ou seja: não abordo o tema com taxistas mas posso fazer uma crónica para um jornal sobre o assunto.
Espanha tem coisas com que embirro - por ordem decrescente: Fernando Alonso, tortilla e ETA. Mas, por outro lado, há o dinheiro. Eles têm mais que nós. E eu tenho esta secreta ambição: gostava que um dia fôssemos convidados para uma reunião do G8, ou de um G qualquer que fosse acima dos 100. Gostava de ter poder, mas assim, como as coisas estão, só se um dia alguém se lembrar que é tão importante para a Humanidade a opinião dos oito países mais ricos, como saber o que pensam os líderes do P8 - os oito países com as melhores praias do mundo. E, posto isto, vou dar um mergulho que a água está óptima.
Argumentista/humorista
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Sejamos honestos (só por um bocadinho, não quero estragar a campanha eleitoral a ninguém), as expectativas dos consumidores portugueses têm vindo a descer desde que corremos com os espanhóis.
Ainda não me de debrucei o suficiente, sobre as vantagens e desvantagens de ser espanhol, para poder ter uma opinião minimamente informada, ou seja: não abordo o tema com taxistas mas posso fazer uma crónica para um jornal sobre o assunto.
Espanha tem coisas com que embirro - por ordem decrescente: Fernando Alonso, tortilla e ETA. Mas, por outro lado, há o dinheiro. Eles têm mais que nós. E eu tenho esta secreta ambição: gostava que um dia fôssemos convidados para uma reunião do G8, ou de um G qualquer que fosse acima dos 100. Gostava de ter poder, mas assim, como as coisas estão, só se um dia alguém se lembrar que é tão importante para a Humanidade a opinião dos oito países mais ricos, como saber o que pensam os líderes do P8 - os oito países com as melhores praias do mundo. E, posto isto, vou dar um mergulho que a água está óptima.
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