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13 de Dezembro de 2004 às 13:59

As Boas Acções para 2005

O ano de 2004 está no fim, o desempenho as carteiras está mais ou menos fechado. Chegou o momento de pensar 2005 para escolher apenas as boas acções.

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Uma estratégia de carteira tem que ser vista com método.

Comecemos pela parte económica: Portugal saiu de uma recessão em 2004, com o PIB a crescer 1,2%, depois de cair 1,3% em 2003 mas o regresso ao crescimento baseado em procura interna interrompeu a correcção do desequilíbrio das contas externas dos últimos anos.

Acreditamos que a economia cresça cerca de 2% em 2005, com um aumento do investimento e uma ligeira aceleração do consumo privado. Os riscos desta estimativa residem especialmente no entorno económico internacional.

A observar: preço do petróleo, crescimento dos nossos principais parceiros económicos e as decisões a ser tomadas pelo governo resultante das eleições de Fevereiro. Em seguida, notamos que nos mercados internacionais, as avaliações de acções continuam atractivas em valor absoluto e quando comparadas com um investimento em obrigações, mesmo depois do desempenho positivo deste ano.

Olhando apenas para Portugal, a conclusão mantém-se. O somatório das avaliações das empresas que seguimos apontam para um potencial de subida de 19% para o PSI20 em 2005, combinado com uma rendibilidade por dividendos de 3,8%.

Segundo as nossas estimativas, o mercado tem um P/E de 13.4x para 2005, com um crescimento esperado de resultados de 14.3% em 2006 sobre 2005. De um ponto de vista de risco, a exposição da bolsa portuguesa à América Latina tem funcionado como um factor positivo em 2004 e esperamos que assim continue em 2005.

O Brasil continua a melhorar a sua percepção de risco nos mercados internacionais, o que não tem prejudicado empresas como a PT, EDP, a Cimpor e a Sonae, como no passado.

As eleições vão ter concerteza um efeito positivo no sector de media: Media Capital pelos outdoors, a Impresa, a Cofina e a PT Multimedia através da imprensa. Mas em geral significam atrasos na atribuição de obras públicas, contractos governamentais de informática, o que poderá afectar construtoras, materiais de construção, empresas de informática e concessionárias de auto-estradas.

Os principais sectores como as telecomunicações, eléctrico e financeiro parecem, em nossa opinião, relativamente indiferentes. O nosso ponto de vista de entorno quadra necessariamente com as escolhas para 2005: a preferência pela EDP e a SONAE SGPS, nas mais líquidas, e adicionamos uma pequena capitalização, a Ibersol, pelo seu esperado retorno a crescimentos mais atractivos como no passado.

Como sempre, iremos monitorar o seu desempenho ao longo do ano, mas parecem-nos as boas acções para 2005.

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