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Apertar a malha

A falta de mobilidade do factor trabalho é um dos principais problemas do país. Por questões operacionais (apego à terra natal, aos amigos, à mãe/sogra que ajuda a criar os filhos, à habitação própria?) ou outras. Vem isto a propósito do encerramento de e

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A falta de mobilidade do factor trabalho é um dos principais problemas do país. Por questões operacionais (apego à terra natal, aos amigos, à mãe/sogra que ajuda a criar os filhos, à habitação própria?) ou outras. Vem isto a propósito do encerramento de empresas que empregam centenas de trabalhadores: Lear, GM, Delphi?

Quem fica, tem três soluções: lança o seu negócio (leia-se cafés, restaurantes, lojinhas?), passa a viver do subsídio de desemprego ou procura nova ocupação. Como o país já vomita cafés, restaurantes e quejandos, a maioria dos desempregados devia demandar outras paragens, onde há empregos mas não há mão-de-obra. Mas as pessoas não migram.

Na região de Aveiro, a A. Silva Matos precisa de gente para fabricar torres para parques eólicos. Não tem. Para resolver o problema, ofereceu-se para empregar 10% das pessoas que a Delphi, da Guarda, vai libertar. Mais a norte, de um e outro lado da fronteira, as empresas espanholas do cluster automóvel precisam de gente? e não têm.

Conclusão: como casos destes não faltam, ou as pessoas vivem da economia paralela, ou o subsídio de desemprego dá para viver, ou estão presas à casa própria. A primeira resolve-se com fiscalização. A segunda, com um endurecimento (ainda maior do que o decidido recentemente) das condições de acesso ao subsídio. Da terceira falaremos oportunamente.

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