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Afinal é da receita!

O Governo tem repetido, ad nauseam, que a redução do défice orçamental foi conseguida sobretudo pela contenção da despesa. Nesta coluna temos repetido, também ad nauseam, que a redução do défice é, em mais de 50%, obra da arrecadação fiscal.

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Na 3ª feira o Banco de Portugal (já não era sem tempo) confirmou que a redução do défice se obteve, sobretudo, pelo aumento da receita. Vindo isto de quem vem (o banco central continua a ser uma das instituições mais credíveis do País), o assunto devia ter tido mais destaque. Não só na comunicação social, mas também no principal partido da oposição. Partido que, como se sabe, está muito preocupado com o alegado favorecimento de Fernanda Câncio por parte da RTP (um verdadeiro assunto de Estado, que tira o sono a milhões de portugueses?).

Espera-se que depois da análise do banco central, o Ministério das Finanças tenha a humildade de corrigir o que anda a dizer há meses. Por amor à verdade (se o banco central serve para calcular défices “projectados” também serve para dizer a que se deve a redução do défice?); e porque ao decretar que o “défice está controlado”, o Governo está a dar espaço para que os sindicatos questionem os sacrifícios a que o Estado continua a sujeitar a Administração Pública (se o défice está controlado, porquê as restrições?). A começar pelos salários. E não é que têm razão (à luz da lógica do Governo, obviamente)?

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