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Os fundadores da Nova SBE: pioneiros de internacionalização, excelência e inovação

Uma das lições que um engenheiro aprende é que quando planeamos construir um prédio sólido e que possa crescer em altura, é muito importante construir fundações robustas e profundas. Os edifícios mais altos do mundo são naturalmente os que têm fundações mais profundas e sólidas.

A 10 de novembro de 1977, uma nova era para a educação em economia, finanças e gestão começou em Portugal com a publicação do decreto-lei n.º 463-A/77, estabelecendo a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova School of Business & Economics/Nova SBE).

Juntamente com as fundações da Faculdade de Ciências e Tecnologia e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, esta decisão marcaria o início de uma trajetória de inovação e excelência nestas áreas do conhecimento não apenas em Portugal, mas no mundo, dado o caráter verdadeiramente internacional da Nova SBE e a sua afirmação recente entre as melhores escolas europeias. Este não foi apenas o início de uma instituição, mas o desabrochar de uma visão revolucionária.

Ainda em novembro de 1977, o então ministro da Educação Mário Sottomayor Cardia nomeou um novo reitor para a UNL, o professor Alfredo de Sousa, e formou as comissões instaladoras das novas faculdades. Foi neste cenário que se criou a Comissão Instaladora da Nova SBE e se juntaram um conjunto de figuras notáveis e ímpares da sociedade portuguesa como Alfredo de Sousa, Aníbal Cavaco Silva, José António Girão, Abel Mateus, Manuel Pinto Barbosa e, posteriormente, Diogo Lucena. Todos doutorados em prestigiadas universidades estrangeiras, traziam consigo uma visão global, disruptiva e inovadora para o que deveria ser educação em economia em Portugal.

Estes pioneiros traziam também uma energia, coragem e motivação contagiantes sendo que Alfredo de Sousa foi a verdadeira “locomotiva” enfrentando todos os desafios iniciais. Infelizmente, perdemos o professor Alfredo de Sousa (conhecido por Fred ou Fredy) cedo demais, em 1994, mas o seu legado e humor perduram até hoje. Luís Campos e Cunha costumava citar Alfredo de Sousa nos seus discursos enquanto diretor: “Alfredo de Sousa dizia que Deus, quando acabou de criar o universo, o homem, e, antes de descansar ao sétimo dia, gerou o ser perfeito, que era o professor catedrático. E o Diabo, para lhe estragar a obra, criou o colega do professor catedrático”.

A primeira década e meia da Nova SBE foi marcada pela chegada de várias levas de professores doutorados, quase sempre por universidades estrangeiras contribuindo para a construção de uma instituição aberta a ideias diferentes, robusta e dinâmica, e também a escola portuguesa com menor nível de “endogamia académica” (menor % de professores, entre todas as escolas nacionais, que fizeram os seus PhD na própria escola).

A escola cresceu e evoluiu extraordinariamente desde seus dias iniciais no Seminário dos Olivais, graças ao trabalho incansável de muitos, incluindo, mais os recentemente os extraordinários contributos de José Ferreira Machado, Daniel Traça, Pedro Santa Clara, mas também do presidente da Câmara Municipal de Cascais Carlos Carreiras, e do presidente atual e antes da Fundação Alfredo de Sousa, Miguel Pinto Luz e Nuno Fernandes Thomaz (que infelizmente também nos deixou no início de 2021). Esta evolução simboliza um importante passo a realização do sonho dos fundadores: criar uma instituição sólida e reconhecida por sua excelência académica.

Mas porque é importante celebrar os fundadores?

Uma das lições que um engenheiro aprende é que quando planeamos construir um prédio sólido e que possa crescer em altura, é muito importante construir fundações robustas e profundas. Os edifícios mais altos do mundo são naturalmente os que têm fundações mais profundas e sólidas. A importância dos fundadores da Nova SBE, ou de qualquer outra instituição, vai além da criação de uma escola; uma vez que eles estabeleceram as bases para um farol de excelência académica e prática. Inspirados pelos seus exemplos, continuamos a construir sobre esses alicerces sólidos, assegurando que a Nova SBE permaneça um símbolo de inovação, internacionalização e qualidade no ensino público de economia e gestão. Não perfeito, mas em constante melhoria e ajustamento em prol da nossa missão.

É por isso que hoje, 30 de janeiro de 2024, celebramos e homenageamos os nossos fundadores, com a inauguração da “Founders Wall”, onde a nossa comunidade se pode inspirar e recordar as nossas origens.

Celebramos a visão pioneira, a dedicação e o impacto desses seis homens extraordinários que há 47 anos não só fundaram uma instituição, mas moldaram o futuro de gerações de economistas e gestores em Portugal e no mundo. O seu legado ressoa em cada sucesso dos alunos e antigos alunos da Nova SBE.

Hoje, a Nova SBE é mais do que uma escola; é um testamento vivo de um passado rico e de um futuro promissor. É a certeza de que, ao nos apoiarmos nos ombros desses gigantes, podemos alcançar horizontes ainda mais vastos. Estamos a criar o amanhã com a sabedoria do ontem, sempre fiéis à nossa missão de inovar, inspirar e impactar.

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