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Impossível? Seis escolas de gestão entre as melhores

Portugal está a destacar-se de forma significativa no cenário educacional europeu das escolas de gestão, evidenciado pelo impressionante feito de ter seis das suas escolas de gestão listadas no prestigiado "ranking" do Financial Times. Seis.

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Portugal está a destacar-se de forma significativa no cenário educacional europeu das escolas de gestão, evidenciado pelo impressionante feito de ter seis das suas escolas de gestão listadas no prestigiado "ranking" do Financial Times. Seis.

As instituições reconhecidas — Nova School of Business and Economics, Católica Lisbon School of Business & Economics, Porto Business School, ISCTE Business School, ISEG - Lisbon School of Economics & Management e Católica Porto Business School — são, todas, emblemas de excelência e inovação na educação de gestão em Portugal e no mundo.

Este reconhecimento não é apenas um testemunho da qualidade do ensino oferecido, mas, igualmente, um indicador sólido do compromisso de Portugal (ao nível das escolas que fazem por fazer omeletes quase sempre sem ovos) com a educação de alta qualidade em gestão. Em comparação com outras nações europeias, como Espanha, Bélgica, Itália, Irlanda, Suécia, Finlândia, Polónia e República Checa, Portugal destaca-se não só em quantidade, mas, decisivamente, em qualidade. Repare-se, por exemplo, que todos estes países colocam menos escolas de gestão nos "rankings" do Financial Times: Espanha apenas cinco e Itália apenas quatro, sendo que todos os demais países citados colocam três ou menos escolas no"ranking". E os demais, não citados, não colocam nenhuma escola no"ranking".

É particularmente notável que Portugal, com uma economia consideravelmente menor do que muitas das suas congéneres europeias, tenha conseguido posicionar tantas das suas escolas de gestão neste "ranking". E é um feito que se vai repetindo e reiterando. E é completamente desproporcional não apenas em termos económicos, mas, também, em vários outros parâmetros, refletindo uma cultura de educação superior em gestão que valoriza o sucesso coletivo e uma concorrência saudável entre instituições. Este ambiente competitivo, mas cooperativo, pode muito bem ser o "combustível interno" que impulsiona estas escolas à excelência global. Quero acreditar nisso. Chamem-me ingénuo, portanto.

A presença de Portugal neste "ranking" é, assim, uma vitória para todo o sistema educacional do país, demonstrando a sua capacidade de competir ao mais alto nível internacional. Este sucesso deve servir como um modelo para outros setores de atividade em Portugal, incentivando-os a buscar reconhecimento global semelhante. Longe vão os tempos em que as empresas olhavam as escolas de gestão e diziam: "só teoria". "E a aplicação prática?". Longe vão os tempos em que nos esforçávamos para fazer mais e melhor e chegar às empresas. Hoje, não trabalhar com empresas seria apenas um disparate monumental.

Mais, diria que as formações de executivos destas escolas de gestão, tendo um papel crucial para os "rankings" finais, colocam – nosso caso, ISCTE Executive Education – todas as fichas em internacionalizar, em proporcionar melhores experiências aos seus participantes, em envolver, em ser equidistante e inclusivos, em ser próximos, em ter impacto profissional, mas também humano, muito humano, em todos os participantes.

Se refletirmos sobre este sucesso, é fundamental reconhecer e agradecer o esforço coletivo de todas as instituições envolvidas. Bem como dar-lhes os parabéns e pedir-lhes para que não desistam de combater e de crescer. E de convidar outras escolas nacionais a fazerem o mesmo movimento.

Estas conquistas não são apenas uma vitória para as escolas, individualmente, mas para Portugal como um todo, evidenciando o potencial do país em ser um líder em educação e inovação a nível global. É um "wake-up call" poderoso de que, em campos onde a qualidade e a dedicação são prioritárias, Portugal não só pode, mas está a competir com os gigantes. E a competir muito bem. Estamos todos de parabéns bem como, mais que nunca, todos os nossos participantes.

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