Este artigo virá a público quando fizer 6 anos como Presidente do Iscte Executive Education. Seis anos completam um ciclo de 2 mandatos que convém assinalar.

Há vários pontos, nesta circunstância, que gostaria de apresentar a todos quantos me leem.

Primeiro, julgo que conjuntamente com a minha Comissão Executiva e o meu "staff", assim como com coordenadores de programas, professores e lado a lado com todos os "stakeholders", conseguimos dar passos importantes para a formação de executivos do Iscte-IUL, bem como para Portugal.

Em segundo lugar, e seguindo uma estratégia assente em 3 pilares que têm sido reiteradamente apresentados - 1) internacionalizar; 2) abrir mais produtos e alargar a oferta, nacional e internacionalmente; 3) criar uma sólida operação "corporate", nacional e internacionalmente, para as empresas, com produtos à medida das suas necessidades e desafiando sempre o "status quo" e procurando impactos elevados - conseguimos chegar a uma faturação de cerca de 40% em termos internacionais e mais do que duplicar o número de programas que apresentamos ao mercado em formato aberto.

Em terceiro lugar, convém referir que apanhámos uma pandemia pelo meio que não nos permitiu crescer como gostaríamos, sobretudo internacionalmente, e que nos obrigou a gerir com pinças tantos e tantos percalços de percurso. Dirão: "it comes with the job". Claro que sim. Mas é bom não esquecer que a pandemia nos apanha em 2020 e sensivelmente um ano após começarmos a nossa construção de um Iscte Executive Education diferente.

Em quarto lugar, gostava de sublinhar que a própria pandemia nos abriu caminho para uma coleção de livros, "Vozes por", que abordaram Portugal e o seu futuro, economia e crescimento, sustentabilidade, inteligência artificial, saúde, literacia financeira e liderança. Sete obras que estão no mercado e que muito nos orgulham por terem já junto mais de 500 vozes, 500 escritores de pequenos capítulos de livros que são, no fundo, livros de "readings" sobre determinados temas e que, na essência, e devido ao preço absolutamente contido, são verdadeiro serviço público. Como são serviço público todos os eventos que vamos abrindo à comunidade e que vão desde "real life masterclasses", "real life inspirational talks", "real life presentations", entre outros. Porque o nosso "motto" é "Real Life Learning". Aliás, este "motto", conjuntamente com o Iscte Executive Education e um conjunto simples de valores, são o resultado de um "rebranding" levado a cabo em 2020.

Em quinto lugar, assinalo as muitas alterações que foram, entretanto, feitas. Aproximações "agile" à gestão, lógica "full" CRM, estruturas "flat", política de porta aberta, de proximidade, primado às pessoas e à formação de pessoas completas e não apenas profissionais. Formar em valores, em dádiva, em exemplo, ajudando a colocar o coração do lado certo. E se procuramos, alinhados, praticar tudo isto com os nossos participantes não o fazemos menos com os nossos colaboradores. Uma equipa fantástica.

Depois disto, estamos a completar um novo ciclo de investimentos tecnológicos, no sentido de reequipar o edifício de formação de executivos, permitir aulas e experiências em todos os formatos, online, híbridas e/ou presenciais com as mais modernas tecnologias em "touch screens", câmaras e som. Para chegarmos a todas as pessoas, estando elas onde estiverem.

No final, e para coroar muitos destes movimentos, colocámos o nosso Executive MBA no top 100 dos MBA do mundo pelo Financial Times e no top 50 da Europa em QS "rankings" bem como, combinadamente, colocámos a operação de executivos no top 50 do mundo (corporate e open) do Financial Times.

Para fechar, gostaria de agradecer, uma vez mais, a todos os nossos concorrentes, sobretudo às 5 escolas de gestão que connosco (seis no total) pontuam nos "rankings" principais, nomeadamente no Financial Times, Nova SBE, Católica Lisboa, Porto Business School/FEP, ISEG e Católica Porto. Todas com as suas operações de formação de executivos. Estas escolas, parceiras nestas lutas, são, também, quem tem ajudado o Iscte Executive Education a fazer mais e melhor. Ajudado porque a concorrência saudável é bom mercado e o bom mercado dá-nos o estímulo necessário à inovação e à reinvenção permanentes.

A concorrência, os nossos parceiros, bem como o nosso maior ativo – empresas, participantes e alumni – ajudam-nos, todos juntos – comissão executiva, direção, "staff", coordenadores e professores, conselhos estratégico e consultivo, entre vários outros, a chegar cada vez mais longe. Obrigado a todos por estes 6 anos.