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"Applied Mathematics for Economics and Management"

Num mundo cada vez mais complexo, a intersecção entre a matemática, a economia e a gestão não é apenas uma vantagem competitiva — é uma necessidade.

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Até à data, foram atribuídos cerca de 1.000 Prémios Nobel desde 1901. Este impressionante número inclui realizações extraordinárias em áreas como a Física, a Química, a Medicina, a Literatura, a Economia e os esforços pela Paz. Cerca de 29% dos laureados nasceram nos EUA, um número que, por si só, demonstra a relevância do país na produção de conhecimento e inovação. No entanto, ainda mais significativo é o facto de 39% dos premiados estarem a trabalhar nos Estados Unidos à data do reconhecimento.

No caso do Prémio Nobel da Economia, a tendência é ainda mais marcante. Sendo o mais recente dos galardões, tendo sido atribuído pela primeira vez em 1969, este prémio contou até agora com 96 laureados. Destes, 56% nasceram nos Estados Unidos e 82% trabalhavam em instituições norte-americanas no momento em que foram distinguidos. Estes números são reveladores de um fenómeno singular: a capacidade de os EUA se posicionarem como um verdadeiro "hub" internacional de excelência académica e científica, particularmente no campo da economia.

Para além do talento natural, muitos cientistas e economistas necessitam de uma boa dose de sorte: estar no local certo no momento certo. Isto significa encontrar-se em ambientes que fomentem a colaboração com colegas experientes, com acesso a financiamento robusto e à vanguarda de projetos inovadores. Os Estados Unidos, com a sua flexibilidade institucional e diversificação de talentos, destacam-se como o epicentro deste tipo de ecossistema.

Porém, é também essencial reconhecer que tanto a formação académica inicial como as oportunidades certas desempenham um papel crucial no sucesso dos laureados. A qualidade e a abrangência da formação nos seus países de origem são o verdadeiro pontapé de saída.

No caso da Economia, cerca de metade dos Prémios Nobel foi atribuída a trabalhos que utilizam técnicas matemáticas sofisticadas. Isto sublinha a importância de uma base sólida em matemática para o desenvolvimento de soluções económicas inovadoras, aplicáveis ao nível dos países, mas também ao nível micro das organizações. Entre os laureados, destacam-se matemáticos brilhantes como John Nash, famoso pela teoria de jogos, e Robert Aumann, cujos contributos em cooperação económica foram revolucionários. Kenneth Arrow, Gerard Debreu e Leonid Kantorovich, além de Lloyd Shapley, também trouxeram à economia um rigor matemático excecional. Curiosamente, Shapley orgulhava-se de nunca ter frequentado uma cadeira formal de Economia, mas ainda assim conquistou o Nobel na área.

Este cruzamento entre matemática e economia ilustra a importância de um ensino multidisciplinar que prepare os estudantes para os desafios complexos do mundo moderno.

Em Portugal, o ISEG tem apostado numa abordagem inovadora no ensino da matemática aplicada. A par da já existente licenciatura em Matemática Aplicada à Economia e à Gestão (MAEG) o ISEG prepara-se para lançar agora a nova licenciatura em "Applied Mathematics for Economics and Management", prevista para começar em setembro e abrindo-se assim à procura internacional. Assim, o ISEG reforça o compromisso de equipar os futuros líderes empresariais e económicos com competências essenciais para enfrentar os desafios globais com rigor, precisão e envolvente internacional.

Num mundo cada vez mais complexo, a intersecção entre a matemática, a economia e a gestão não é apenas uma vantagem competitiva — é uma necessidade. E é neste contexto que o ISEG se posiciona como um centro de excelência no ensino e na formação de talentos capazes de impactar o mundo. Os Estados Unidos podem ter consolidado a sua posição como líder no recrutamento e na formação de laureados Nobel, mas o futuro depende de iniciativas globais que promovam ambientes igualmente estimulantes em todo o mundo.

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