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20 de Novembro de 2017 às 20:51

Somos os maiores! 

Olhemos mais para o mundo e verifiquemos o ridículo e a insignificância das nossas discussões e trabalhemos para fugir ao que tem sido uma triste distribuição de pobreza entre todos.

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A FRASE...

 

"Polícias e militares exigem negociar progressão na carreira."

 

Paulo Rodrigues, RTP, 18 de novembro 2017

 

A ANÁLISE...

 

Estas linhas são dedicadas a quem anda pelo mundo a vender os seus produtos, fabricados em Portugal. Esses são os verdadeiros heróis, sem direito a "selfies" nem apoios do Estado, mais que os houvesse, mais arejado e desenvolvido estaria o país.

 

E esses empresários que andam lá por fora a vender os seus produtos ou serviços, como também os expatriados na diáspora, têm a correta noção da dimensão pequena do nosso país. Ao contrário dos que aqui ficam na paróquia a discutir os problemas do bairro. São esses que pensam que quando temos uma Expo ou uma Capital Europeia da Cultura somos o centro do mundo, ou, vá lá, da Europa, mas não conseguem saber onde aconteceram esses dois eventos em 2016. Ou exultam com o Web Summit, mas não sabem que na feira anual da Mobile World Congress em Barcelona vão 100.000 do mundo inteiro falar da Internet das Coisas sem a visita do rei ou de Rajoy quanto mais "selfies". E não sabem da Cebit, a maior feira do mundo sobre internet e inteligência artificial, em Hanover, onde este ano na abertura estiveram Angela Merkel e Shinzo Abe, do Japão, que faz do Web Summit uma feira interessante, um negócio do Paddy.

 

Isto mostra o pequenino que somos e o quanto olhamos para dentro. Em 2004, éramos o 12.º país mais rico da Europa, em 2018. seremos o 20.º, quase 21.º, e continuamos a discutir 10 euros no salário mínimo em vez de discutirmos porque não é superior a 1.000 euros como noutros países europeus. Continuamos a castigar os ricos e as empresas, conforme se assiste neste OE, em vez de criar ricos e riqueza e trazer empresas para Portugal.

 

Aqui fechados neste cantinho, numa teia de dependências económicas e corporativas que o Estado criou e desenvolveu, deixando Salazar orgulhoso se fosse vivo, em discussões pequeninas, o mundo ignora-nos no seu progresso e desenvolvimento. Se não fazemos por nós, ninguém nos ajudará.

 

Portugal foi grande quando se ligou ao mundo, e pequeno, pobre e falido quando se fechou nas saias da corte. Olhemos mais para o mundo e verifiquemos o ridículo e a insignificância das nossas discussões e trabalhemos para fugir ao que tem sido uma triste distribuição de pobreza entre todos.

 

Artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico

 

Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.

maovisivel@gmail.com

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