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17 de Novembro de 2015 às 18:58

Quando os influenciadores passam a ser "bloggers" 

Em quem confiam os consumidores ao decidirem por uma marca ou serviço? Nas marcas nem por isso. No recente estudo da Smartinsights, 92% dos consumidores confiam na experiência dos clientes, mesmo que sejam desconhecidos.

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O chamado passa-palavra ou em "marketês" "word-of-mouth". 

 

O curioso é que 70% decidem com base nas avaliações online, publicadas por clientes, e destes os maiores influenciadores são "bloggers". Não é de estranhar que a segunda vaga de blogues não seja de conteúdo político mas blogues individuais de experiências com produtos. O blogometro.aventar.eu apresenta estatísticas de tráfego e no topo surgem blogues de desporto, de produtos femininos (A pipoca mais doce, etc.), para grávidas etc. E não estamos a falar de acessos medianos. Dez a 50 mil visitas diárias já é considerável. É o domínio das mulheres jovens, quer na produção de conteúdos, na sua gestão e sobretudo na criação dos blogues.

 

Mas o que torna influentes estes blogues? A identificação. Primeiro, os conteúdos são feitos de consumidores para consumidores, de cidadão comum para cidadão comum, de género para género. Linguagem simples e directa. Segundo, são dirigidos à experiência. Relatam a utilização do produto, os prós e os contras, sugestões de melhorias. Terceiro, a abertura dos comentários aos seguidores. Há participação. Há opinião individual e em comunidade. Quarto, a frequência elevada de publicação com regularidade permite criar audiências leais. Por fim, a ligação às restantes redes sociais amplifica a mensagem, aumenta os seguidores e a partilha.

 

Ferramentas como a triberr.com juntam comunidades de "bloggers" de forma que possam amplificar os seus "posts" através de outros blogues ou distribuir conteúdos. Para muitas destes jovens os seus blogues são autênticos modelos de negócio, com receitas consideráveis provenientes do tráfego, modelos de referenciação e de publicidade online.

 

Há um outro lado. Hoje muitas marcas de grande consumo dirigem as suas acções de comunicação e de relações públicas para os "bloggers". O ponto crítico não é saber se os  que influenciam passam a ser influenciados, mas sim quando o consumidor tem essa percepção. Nesse momento existirá algures um novo e influente blogue a nascer. Quem sabe se o seu.

 

Responsável de Marketing no SAS Portugal

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