Opinião
Rui Semedo, serenidade e ponderação exemplares
Perdemos um grande amigo, Rui Semedo, presidente do Banco Popular Portugal. A doença terminou com a sua vida depois de uma esperançosa trégua e chocou-nos a todos nós, aos seus amigos, colegas no banco e à sua mulher e filhos, chocou-nos a sua perda, a qual ainda não conseguimos assimilar.
O Rui foi um profissional exemplar, de trato muito fácil, simples e optimista, com uma grande vitalidade, reconhecido em Portugal como um dos melhores banqueiros do País.
Reuníamo-nos com frequência e tive a sorte de partilhar, durante este tempo, da sua naturalidade contagiante, da sua perspicácia para a análise, da sua atitude aberta, preocupada com os detalhes, empreendedora, que tornava as coisas possíveis e até fáceis de atingir.
Tinha um requintado sentido de humor, que partilhava com os amigos e com quem conhecia menos bem. Excelente comunicador, homem culto e dotado da serenidade e ponderação para dirigir uma organização.
Também tinha a sensibilidade necessária para conhecer as pessoas e converter a energia dispersa que se encontra nas empresas, num talento colectivo capaz de superar qualquer dificuldade.
Com pessoas como o Rui, um agregador virado para os outros, preocupado em satisfazer a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, faziam parte da sua vida, tornando assim a experiência profissional muito gratificante.
Aprendemos muito com o Rui porque, sobretudo, era a pessoa que sabia encontrar a solução adequada apesar da complexidade do problema.
Vamos sentir muito a sua falta, mas aqueles que tivemos o prazer de o conhecer podemos afirmar que o Rui conseguiu lograr o desafio de Fernando Pessoa quando dizia que "o mundo é de quem nasce para conquistá-lo e não de quem sonha poder conquistá-lo".
Deixo aqui o meu afecto pessoal e de todo o Conselho de Administração do Grupo, em especial à sua mulher Concha e aos seus dois filhos.
O Rui era um homem bom e um amigo. Que descanse em paz".
Presidente do Grupo Banco Popular