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Montante dos novos depósitos fixa mínimo de 2006 em Novembro

Valor aplicado pelas famílias em depósitos registou uma forte quebra, tanto face ao mês anterior como ao mesmo mês do ano passado. O saldo total, ainda assim, cresceu em quase mil milhões de euros, no mês de estreia dos novos certificados do Tesouro.

07 de Janeiro de 2014 às 13:25
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É preciso recuar até 2006 para encontrar um mês em que os portugueses tenham aplicado um valor tão baixo junto das instituições financeiras. Em Novembro, mês que marcou o arranque da comercialização dos novos certificados do Tesouro, entraram apenas 5,5 mil milhões de euros em depósitos de acordo com os dados do Banco de Portugal. O saldo total cresceu para 132,8 mil milhões.

 

Depois dos 6,08 mil milhões registados em Outubro, no mês de Novembro as novas operações de depósito por parte dos particulares caíram 9% para os 5,53 mil milhões de euros (menos 12,4% que no período homólogo). Em Junho, o valor já tinha sido reduzido (5,58 mil milhões), mas o registado em Novembro acabou por ser o mais baixo desde Abril de 2006.

 

Novembro foi o mês em que os trabalhadores do sector público e os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (CGA) receberam a totalidade ou parte (a que não foi paga em Junho) do subsídio de férias. E foi também o mês em que muitos portugueses receberam os subsídios de Natal. Ainda assim, o valor dos novos depósitos afundou, segundo o Banco de Portugal.

 

Taxas em queda

 

No mesmo mês, o Governo lançou os “Certificados do Tesouro Poupança Mais”, um produto de poupança que demonstrou conseguir atrair muitos pequenos investidores. De acordo com os dados do IGCP, no mês de estreia estes títulos conseguiram conquistar 430 milhões de euros (a que se somam os 30 milhões no dia 31 de Outubro).

 

O grande atractivo deste novo produto – que causou algum mau estar entre os banqueiros – são as taxas de juro crescentes. A remuneração arranca nos 2,75% no primeiro ano, mas no quarto e quinto paga 5% (podendo pagar mais em função do crescimento do PIB de Portugal). Os depósitos pagaram, em Novembro, 1,92%, um novo mínimo desde Setembro de 2010.

 

Saldo cresce

 

Apesar da quebra acentuada no valor dos novos depósitos, o saldo total continua a aumentar. Segundo os dados do Banco de Portugal, no final de Novembro os portugueses tinham 132,8 mil milhões de euros depositados junto das instituições financeiras nacionais. Cerca de um quarto deste montante é dinheiro que está à ordem, ou seja, para uso no dia-a-dia. O restante está a render.

 

A maior “fatia” destes 132,8 mil milhões (um máximo desde Julho quando o saldo ascendia a 133 mil milhões) está em depósitos com um prazo de até um ano (37,7%). Entre um e dois anos, os portugueses têm apenas 8,7% do valor total, sendo que nos prazos mais longos, onde se obtém juros mais altos, está 31% do saldo (41 mil milhões). No último ano, o montante aplicado a mais de dois anos foi o que mais cresceu: aumentou em 9,7%.

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