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Juros recuam mais de 40 pontos base para o nível do dia do pedido de demissão de Portas

Investidores mostram agrado com opção de Cavaco Silva manter o Governo em funções até final da legislatura. Juros da dívida estão a acentuar as quedas e já se encontram no mesmo nível em que se encontravam a 2 de Julho, quando Paulo Portas apresentou a demissão.

Reuters
22 de Julho de 2013 às 10:55
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A comunicação ao País de Cavaco Silva está a ser bem recebida nos mercados de dívida, com os juros da dívida a aliviarem em todos os prazos, encontrando-se já em mínimos de 2 de Junho, dia do pedido de demissão de Paulo Portas, evento que exacerbou a crise política.

 

Depois de terem falhado as negociações com vista a obtenção de um compromisso de salvação nacional, o Presidente da República anunciou ontem que a “melhor solução alternativa é a continuação em funções do actual Governo, com garantias reforçadas de coesão e solidez da coligação partidária até ao final da legislatura”.

 

Este cenário de fim de crise política a afastamento de eleições antecipadas está a ter forte impacto no mercado de dívida, apesar de ter ficado pelo caminho o compromisso de salvação nacional.

 

A “yield” das obrigações do tesouro a 10 anos cede 41,5 pontos base para 6,385%, acumulando já a terceira sessão em queda e afastando-se cada vez mais dos 8% a que chegou a tocar no posterior ao pedido de demissão de Paulo Portas. O nível atingido hoje encontra-se mesmo abaixo do registado no dia do pedido de demissão de Portas, que viria a ser recusado nesse mesmo dia pelo primeiro-ministro. Persiste ainda acima dos níveis verificados a 1 de Junho, quando Vítor Gaspar se demitiu.

 

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As quedas estão a ser bastante intensas em todos os prazos, oscilando entre 62 pontos base (quatro anos) e 25 pontos base (dois anos). Na maturidade mais curta os juros situam-se em 4,84%, tendo quebrado a barreira dos 5%.

 

Nas obrigações com maturidade de cinco anos os juros recuam 54 pontos base para 5,89%, quebrando pela primeira vez em baixa, desde 3 de Julho, a barreira dos 6%.

 

O aparente fim da crise política em Portugal está também a contribuir para aliviar os juros dos restantes países periféricos europeus. Os juros da dívida espanhola a 10 anos recuam 2 pontos base para 4,65% e em Itália a queda na mesma maturidade é igual, para 4,38%.

 

 

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