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IGCP pode avançar com emissão em dólares já esta quarta-feira

A possibilidade de instituto que gere a dívida do Estado fazer uma emissão sindicada em dólares, para tirar partido do interesse de investidores norte-americanos, poderá ser concretizada já esta quarta-feira, segundo a Bloomberg.

Miguel Baltazar/Negócios
01 de Julho de 2014 às 21:06
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A emissão sindicada em dólares que o próprio João Moreira Rato, presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), admitiu estar em fase de preparação poderá ser concretizada já amanhã, quarta-feira dia 2 de Julho.

 

A informação está a ser avançada pela agência Bloomberg, que cita uma fonte ligada ao processo a adiantar que a emissão a dez anos sindicada em dólares pode avançar esta quarta-feira.

 

Trata-se de uma emissão apoiada num sindicato bancário composto por Barclays, Danske Bank, HSBC e Société Générale, que irão recolher ofertas por parte de investidores que investem - preferencial ou exclusivamente - em títulos denominados na divisa norte-americana. Será o culminar de um processo que inclui um "roadshow" do IGCP nos EUA. O juro poderá, segundo a Bloomberg, rondar os 5,35%, tendo em conta o "spread" indicativo de 270 pontos base acima da taxa de referência do dólar para o mesmo prazo. Este juro deverá variar, em função da procura dos investidores.

 

Moreira Rato revelava no passado dia 25 de Junho que "Portugal está a ponderar a realização de emissões sindicadas em euros e em dólares" no segundo semestre deste ano, corroborando a notícia do Negócios que no dia 18 de Junho noticiava a estar em curso a preparação do já referido empréstimo sindicado em dólares.

 

Esta modalidade de emissão de dívida, segundo o IGCP, permitirá diversificar as fontes de financiamento e também alargar a base de potenciais investidores.

 

Além disso serve para garantir um importante encaixe financeiro cuja importância cresceu depois de o Governo português ter optado por não recorrer à última tranche do programa de assistência económica e financeira negociado com a troika.

 

O Executivo liderado por Pedro Passos Coelho terá como objectivo garantir, até final deste ano, cerca de dois terços dos recursos financeiros necessário para o ano de 2015, pelo que uma emissão sindicada em dólares poderá permitir facilitar tal propósito.

 

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