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Governo baixa taxa dos certificados de aforro para 1,058%

Os certificados de aforro vão render menos nas subscrições realizadas a partir da próxima segunda-feira. O corte face à taxa actual é de 200 pontos-base. Estes títulos passam a pagar menos que a média dos depósitos a prazo.

30 de Janeiro de 2015 às 20:36
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1,058%. É esta a taxa bruta anual que estará em vigor a partir do próximo mês nos certificados de aforro, anunciou o IGCP em comunicado. Uma redução de 200 pontos-base face à rendibilidade actual destes títulos que reflecte o corte que ficou esta sexta-feira definido pelo Governo no prémio a aplicar acima da Euribor a três meses nos novos certificados, os da "Série D".

 

Até agora, a taxa dos certificados da "Série C" era definida com base em 85% da média da Euribor a três meses nas 10 sessões até ao ante-penúltimo de cada mês, adicionada de 0,25. Além disso, existe um prémio extraordinário de 275 pontos-base que vai vigorar até ao final de 2016 (num total de 300 pontos). Nos da "Série D" , o prémio total cai para 100 pontos.

 

É um corte que vai fazer com que a taxa bruta anual a aplicar nos três meses seguintes aos das subscrições a realizar a partir de segunda-feira caia para 1,058% face aos hipotéticos 3,049% em Fevereiro, caso se mantivessem as condições. Neste mês de Janeiro, a taxa em vigor é de 3,069%.

 

Com esta descida, que afecta também os CTPM, o Governo pretende aproximar os juros pagos pela dívida de retalho com aqueles a que se está a financiar nos mercados internacionais, junto de grandes investidores, que está em mínimos históricos, em termos nominais. A descida vem colocar a taxa dos certificados de aforro abaixo daquela que é oferecida nos depósitos a prazo que, em média, estão a pagar 1,34%.

 

Assim que foi revelado que os juros iriam descer, os bancos portugueses aplaudiram a decisão. "Espera-se que a descida contribua também para repor condições de concorrência normais com outros produtos de poupança", afirmou a Associação Portuguesa de Bancos (APB), ao Negócios.

 

No entanto, antes de haver um equilíbrio das taxas face aos produtos de poupança da banca, as taxas altas estão a levar a uma corrida a estes títulos, mas também aos CTPM, que em conjunto, até ao início da semana, já tinham captado mais de 750 milhões de euros, um valor recorde para os produtos do Estado.

 

Entre aqui para utilizar a calculadora do Negócios de modo a simular quanto rendem os certificados após o corte das taxas.

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