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Certificados captaram mais de 1,9 mil milhões de euros em Janeiro

Foi uma autêntica corrida aos certificados. Até ao último dia de Janeiro, na tentativa de garantirem as taxas altas antes do corte de 200 pontos-base, os portugueses aplicaram o equivalente a quase 80% do objectivo do Estado para o total de 2015.

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03 de Fevereiro de 2015 às 10:51
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Mais de 1,9 mil milhões de euros. É este o valor provisório captado pelo Estado através dos certificados no total do mês de Janeiro. Um montante recorde para estes produtos de poupança, explicado pela corrida dos pequenos investidores às taxas altas antes do corte de juros que entrou este mês em vigor.

 

O Negócios sabe que a contabilização final dos montantes aplicados pelas famílias nos certificados ainda está a ser apurada, tal o fluxo de novas entradas registado especialmente na última semana. O valor final deverá ficar entre 1,9 e 2 mil milhões de euros, com os CTPM a captarem grande parte do investimento: cerca de 1,3 mil milhões.

 

À entrada para a última semana do mês passado já tinham sido contabilizados 750 milhões de euros de novas entradas nos certificados, o que era já um recorde para um mês. Nos últimos dias, a subscrição disparou, registando-se a entrada de mais de mil milhões em apenas cinco dias.

 

A corrida das famílias a estes títulos de dívida acelerou assim que foi revelado que a taxa dos certificados ia ser revista em baixa. De uma taxa média anual de 4,25%, os CTPM passaram a pagar, em Fevereiro, 2,25%, já os certificados de aforro que pagavam mais de 3% têm agora um juro bruto de 1,058%.

 

80% da meta

 

Ao captar mais de 1,9 mil milhões de euros, o Estado conseguiu captar uma importante "fatia" da sua meta de financiamento junto dos investidores de retalho, este ano. Depois de ter captado mais de cinco mil milhões de euros em CTPM e certificados de aforro em 2014, acima do previsto, a meta para este ano foi revista em baixa para 2,5 mil milhões.

 

O dinheiro que já entrou no Estado só em Janeiro corresponde a cerca de 80% do valor total estimado para 2015. Ou seja, para chegar ao objectivo ficam a faltar pouco mais de 500 milhões de euros a serem captados nos próximos 11 meses, mas num contexto de juros baixos, inferiores até aos apresentados por muitos depósitos a prazo.

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