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Fed mantém juros inalterados pelo décimo mês

A decisão, justificada pelo banco central dos Estados Unidos pela falta de progressos na inflação, era esperada pelo mercado. A partir de junho, irá abrandar o ritmo de redução da dívida que tem no balanço.

Após a primeira reunião da Fed de 2024, o presidente, Jerome Powell, deverá anunciar que as taxas diretoras se mantêm entre 5,25% e 5,5%.
Evelyn Hockstein/Reuters
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As taxas de juro nos Estados Unidos vão manter-se inalteradas pelo décimo mês consecutivo. A decisão - que foi tomada esta quarta-feira pela Reserva Federal norte-americana (Fed) e segue em linha com o esperado pelo mercado - é justificada pela falta de progressos na inflação.

"Indicadores recentes sugerem que a atividade económica continuou a expandir-se a um ritmo sólido. A criação de emprego manteve-se forte e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação abrandou no último ano, mas continua elevada. Nos últimos meses, não se registaram novos progressos no sentido do objetivo de inflação de 2% do Comité", indica a Fed em comunicado.

Os analistas esperavam que a evolução da economia, associada ao índice de preços no consumidor - em março, a inflação global recuperou 0,3 pontos percentuais para 3,5% e a inflação subjacente manteve-se em 3,8% - dessem força à Fed para manter o curso.

Foi o que aconteceu. Após uma reunião de dois dias de política monetária, o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) decidiu que o intervalo da taxas dos fundos federais continua entre 5,25% e 5,5%. É o valor mais elevado em duas décadas.

"Ao considerar quaisquer ajustes no intervalo do objetivo para a taxa dos fundos federais, o Comité avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o equilíbrio dos riscos. O Comité não espera que seja apropriado reduzir o intervalo do objetivo até que tenha adquirido maior confiança de que a inflação está a evoluir de forma sustentável para 2%", reafirma.

Além dos juros, os decisores da Fed decidiram continuar a reduzir a quantidade de obrigações do Tesouro e de títulos de dívida de agências e de títulos garantidos por hipotecas de agências que detém.

Mas a partir de junho irá abrandar o ritmo de redução, cortando o limite de reembolsos mensais de Treasuries de 60 mil milhões de dólares para 25 mil milhões. No caso dos restantes títulos mantém-se em 35 mil milhões de dólares, sendo que vai também reinvestir quaisquer pagamentos de capital que excedam este limite em títulos do Tesouro.

"O Comité está fortemente empenhado em fazer regressar a inflação ao seu objetivo de 2%. Ao avaliar a orientação adequada da política monetária, o Comité continuará a acompanhar as implicações das informações recebidas para as perspetivas económicas. O Comité estará preparado para ajustar a orientação da política monetária, conforme apropriado, se surgirem riscos que possam impedir a consecução dos objectivos do Comité", acrescenta.


(Notícia atualizada às 19:10)

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