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Prémio de risco de Portugal desce para mínimos de Agosto

As taxas de juro implícitas na dívida nacional acentuaram as quedas depois de Portugal ter ido ao mercado, conseguindo taxas de juro ainda mais negativas. Os juros estão em mínimos de seis meses.

17 de Maio de 2017 às 12:49
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A taxa de juro implícita na dívida a 10 anos está a descer 10 pontos base para 3,199%, o que corresponde ao valor mais baixo desde 8 de Novembro, dia das eleições dos EUA que deram a vitória a Donald Trump.

 

Os juros de Portugal estão a acompanhar o comportamento da generalidade dos países europeus, mas de forma mais acentuada. As taxas alemãs estão a descer 1,4 pontos para 0,421%, o que coloca o prémio de risco da dívida portuguesa em cerca de 278 pontos base, o que corresponde ao valor mais baixo desde Agosto de 2016.

 

Os juros portugueses já estavam a cair, mas acentuaram esta tendência depois do duplo leilão realizado esta quarta-feira, 17 de Maio, pelo IGCP. Portugal conseguiu colocar 1,5 mil milhões de euros, em Bilhetes do Tesouro, com os juros mais baixos de sempre. Sendo que se financiou a juros negativos, ou seja, os investidores que compraram esta dívida vão pagar ao Estado.

 

A descida dos juros esta quarta-feira surge também depois de ter sido noticiado que o Governo prevê antecipar o pagamento ao FMI de "6,5 mil milhões em 2018 e pelo menos 700 milhões de euros em 2019", num total de 7,2 mil milhões de euros.

 

Inicialmente, e sem qualquer antecipação dos reembolsos, estava previsto que Portugal começasse a devolver o dinheiro pedido ao FMI apenas em 2019, ano em que deveria pagar 2,5 mil milhões de euros, seguindo-se mais 4,9 mil milhões em 2020 e outros 4,3 mil milhões de euros em 2021.

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