Notícia
Portugal adia reembolso de 875 milhões de euros em dívida para 2032 e 2052
Portugal troca esta quarta-feira 875 milhões de euros em obrigações do Tesouro por maturidades mais longas. O intuito é diminuir o custo de financiamento e aliviar a pressão sobre os reembolsos da dívida.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) trocou, esta quarta-feira, 875 milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) que venciam em 2025, 2026 e 2027 por títulos que vencem mais tarde, adiando estes reembolsos para 2032 e 2052.
O IGCP comprou, então, no mercado de obrigações do Tesouro três linhas: 191 milhões de euros em OT com prazo a 15 de outubro de 2025, que tinham sido colocadas com um cupão de 2,875%, aos quais acrescem mais 164 milhões de euros em OT com maturidade a 21 de julho de 2026 e um juro de 2,875% e ainda 520 milhões de euros em mais uma linha com maturidade a 14 de abril de 2027 e um juro de 4,125%.
Por outro lado, a agência liderada por Miguel Martín vendeu duas linhas de títulos. Foram colocados 315 milhões em títulos com maturidade a 16 de julho de 2032 com um cupão de 1,65%, bem como 560 milhões de euros da segunda linha com prazo a 12 de abril de 2052 e um juro de 1%.
Esta operação é a "prova que os investidores acreditam em Portugal e no risco do mesmo, uma vez que estão a estender a maturidade dos seus investimentos", refere Filipe Silva, diretor de investimentos no Banco Carregosa.
Isto porque o Tesouro, com a troca, além de diminuir o custo de financiamento, também alivia a pressão sobre os reembolsos da dívida. "Portugal com esta operação tira pressão de amortizações de dívida nos prazos mais curtos. As emissões que vendeu também têm um cupão mais baixo, 1,65% (2032) e 1%( 2052) que acabam por pesar menos nos custos anuais que se tem com o serviço da dívida", esclarece.
Já ao investidor, dá-lhe a oportunidade de substituir o investimento em dívida soberana portuguesa com "yields" mais baixas para outro com o mesmo risco, mas com taxas mais elevadas, diz o especialista em investimento.
A par desta troca, o Tesouro já realizou este ano três outras operações de recompra de dívida.
O país tem habitualmente um grande reembolso por ano. A próxima parede de reembolso está agendada para 25 de outubro de 2023, com o país a ter de devolver 9.364 milhões.
(Notícia atualizada às 11:00)
O IGCP comprou, então, no mercado de obrigações do Tesouro três linhas: 191 milhões de euros em OT com prazo a 15 de outubro de 2025, que tinham sido colocadas com um cupão de 2,875%, aos quais acrescem mais 164 milhões de euros em OT com maturidade a 21 de julho de 2026 e um juro de 2,875% e ainda 520 milhões de euros em mais uma linha com maturidade a 14 de abril de 2027 e um juro de 4,125%.
Esta operação é a "prova que os investidores acreditam em Portugal e no risco do mesmo, uma vez que estão a estender a maturidade dos seus investimentos", refere Filipe Silva, diretor de investimentos no Banco Carregosa.
Isto porque o Tesouro, com a troca, além de diminuir o custo de financiamento, também alivia a pressão sobre os reembolsos da dívida. "Portugal com esta operação tira pressão de amortizações de dívida nos prazos mais curtos. As emissões que vendeu também têm um cupão mais baixo, 1,65% (2032) e 1%( 2052) que acabam por pesar menos nos custos anuais que se tem com o serviço da dívida", esclarece.
Já ao investidor, dá-lhe a oportunidade de substituir o investimento em dívida soberana portuguesa com "yields" mais baixas para outro com o mesmo risco, mas com taxas mais elevadas, diz o especialista em investimento.
A par desta troca, o Tesouro já realizou este ano três outras operações de recompra de dívida.
O país tem habitualmente um grande reembolso por ano. A próxima parede de reembolso está agendada para 25 de outubro de 2023, com o país a ter de devolver 9.364 milhões.
(Notícia atualizada às 11:00)