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Obrigações da TAP registam maior ganho desde dezembro após UE aprovar cheque de 426 milhões

A cotação das obrigações colocadas junto dos investidores institucionais em dezembro do ano passado registou agora uma forte subida, depois de Bruxelas ter dado "luz verde" à ajuda intercalar do Estado português.

26 de Abril de 2021 às 10:26
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As obrigações que a TAP colocou no mercado em dezembro para investidores institucionais, cuja maturidade expira no mesmo mês de 2024, estão a registar a maior valorização em quase cinco meses nesta segunda-feira, como reação à aprovação da ajuda intercalar do Estado português, por parte de Bruxelas.

Na passada sexta-feira, já depois do fecho do mercado, a Comissão Europeia (CE) aprovou a ajuda intercalar no valor de 462 milhões de euros do Estado português à TAP. Este montante será sob a forma de um empréstimo estatal que poderá ser convertido em capital e entregue à companhia aérea em uma ou mais tranches.

Em dezembro, a transportadora aérea lançou para o mercado uma emissão obrigacionista com maturidade a cinco anos, numa operação em que a TAP arrecadou 375 milhões de euros junto dos investidores - mais do que os 300 milhões de euros referentes à oferta inicial.

Hoje, a cotação desta obrigação da TAP valoriza mais de 5 cêntimos para os 84,23 cêntimos, que compara com os 79 cêntimos de ontem e representa a maior subida desde dezembro do ano passado. Só nos primeiros dias após a emissão estas obrigações transacionaram em bolsa acima do par (100). 


Desde o final de novembro, altura em que atingiu mínimos nos 53 cêntimos, o preço das obrigações desta emissão tem recuperado, desde que as notícias sobre o resgate governamental à empresa ganharam força, tendo chegado ao patamar dos 80 cêntimos. Depois, quando o governo português admitiu que o plano de reestruturação poderia incluir perdas para quem comprou títulos obrigacionistas, o título corrigiu para o patamar dos 50 cêntimos.

Em contrapartida, a "yield" que é paga pela TAP aos obrigacionistas tem caído, espelhando a diminuição do risco de incumprimento. Quando foi lançada a operação, a rendibilidade de cada obrigação era de 5,75%. Agora está acima dos 11%, mas já chegou a estar a 21%, no final do ano passado.  

A par desta operação de financiamento junto dos investidores institucionais, a TAP tem em marcha ainda a emissão feita para o retalho em junho do ano passado e cujo prazo expira em 2023. Contudo, no mercado secundário, o preço das obrigações tem-se mantido estável nos 83 cêntimos.

Alexandra Reis, administradora financeira do grupo, disse que esta a
juda intercalar de 462 milhões de euros à TAP "tira pressão da aprovação do plano de reestruturação" que a companhia aérea continua a negociar com Bruxelas.

Bruxelas aprovou no final da semana passada a medida que permite a Portugal compensar a TAP pelos prejuízos sofridos em consequência direta das restrições às viagens devido à pandemia entre 19 de março e 30 de junho de 2020.

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