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Morgan Stanley recomenda aposta em dívida portuguesa antes da decisão da Fitch

O banco norte-americano antevê uma redução do spread da dívida portuguesa face às bunds alemãs nos dias que antecedem a decisão da Fitch, que pode colocar as obrigações lusas em vários índices-chave de obrigações.

Bloomberg
07 de Dezembro de 2017 às 15:29
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O Morgan Stanley vê a dívida soberana portuguesa - nomeadamente na maturidade a 10 anos - como uma oportunidade de investimento para os próximos dias e recomenda um aumento de exposição aos títulos antes da decisão da Fitch sobre o rating de Portugal.

É o que consta de uma nota do banco norte-americano, citada pela Bloomberg, que aconselha posições longas sobre o comportamento das obrigações lusas face às suas contrapartes germânicas, perante a possibilidade de uma melhoria da notação de Portugal.

A expectativa, de acordo com a instituição, é de que com a iminência da decisão da Fitch (esperada para 15 de Dezembro) o diferencial (spread) entre os juros das dívidas portuguesa e alemã a 10 anos venha a estreitar-se ainda mais, o que justifica a recomendação.

Já no caso da dívida espanhola e italiana o conselho é reduzir posições contra a França e a Alemanha e voltar a estendê-las no primeiro trimestre do ano que vem, quando o mercado já tiver digerido os primeiros leilões de dívida de 2018.

Se a Fitch vier a melhorar a notação de Portugal (actualmente em BB+, "outlook" positivo), colocá-la-á em patamar de investimento, passando a ser a segunda entre as três maiores agências de rating a fazê-lo, o que permitirá a inclusão da dívida soberana nacional em vários índices-chave de obrigações em Janeiro.

Analistas de três bancos - Rabobank, JPMorgan e Credit Agricole - continuam optimistas face à dívida nacional, antecipando um estreitamento dos spreads para o resto das contrapartes. Segundo o estratega Richard McGuire, do Rabobank, as obrigações portuguesas "devem ter um desempenho melhor do que os pares italiano e espanhol".

Um relatório da Moody's, conhecido também esta quinta-feira, o programa de compra de activos do BCE beneficiou sobretudo os juros da dívida portuguesa e irlandesa, levando os juros de Portugal a descer 140 pontos base no mercado secundário.
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