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Analistas alertam para riscos na dívida europeia. Portugal será a excepção

A percepção dos analistas é de que 2018 será um ano de riscos para as obrigações europeias. Mas há uma excepção: Portugal.

Miguel Baltazar
07 de Dezembro de 2017 às 13:15
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Com uma reentrada potencial em vários índices-chave de obrigações em Janeiro, Portugal será a excepção na subida de juros no próximo ano, destaca a Bloomberg. Esta reentrada vai depender da decisão da Fitch sobre se retira o "rating" do país do "lixo". Uma decisão que será conhecida no dia 15 de Dezembro.

 

Rabobank, JPMorgan e Credit Agricole continuam optimistas em relação à dívida nacional, mesmo depois das obrigações terem subido pelo oitavo mês consecutivo, em Novembro, levando a taxa de juro para mínimos de 2015, sublinha a agência de informação americana.

 

Há "uma aparente mudança de sentimento em Portugal – Portugal deverá finalmente recuperar o estatuto de periférico", já que deverá deixar para trás a era da crise financeira, explica o estratega Richard McGuire, do Rabobank. Este responsável prevê mesmo que o prémio de risco da dívida portuguesa face à alemã desça para cerca de 40 pontos base. Actualmente está nos 155 pontos. "As obrigações portuguesas devem ter um desempenho melhor do que os pares italiano e espanhol", acrescenta o mesmo estratega.

 

Comparando as análises que os analistas fazem dos outros países, Portugal goza de um período mais favorável, sem eleições (ao contrário de França ou Itália), nem instabilidade política aparente, o que deverá beneficiar este mercado.

 

Do lado oposto às obrigações nacionais estão, na percepção dos analistas, as alemãs bunds. "Vemos riscos de subida dos juros das ‘bunds’", afirma o estratega Andrew Garthwaite, que adianta que as taxas de juro da dívida alemã poderão "terminar 2018 próximas de 1%, devido ao fortalecimento do crescimento europeu, às expectativas excessivamente conservadores de taxas de juro do BCE, ao final do programa de compra de activos em Setembro de 2018 e a alguns sinais de que a inflação está a ser subestimada", adianta a mesma fonte, citada pela Bloomberg.

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