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Metro de Lisboa deixa de estar em “lixo” para a S&P
Depois da melhoria da classificação de risco da República, a mesma subida em empresas nacionais. O Metro de Lisboa é o novo exemplo. “Continuamos a vê-lo como uma extensão do Estado português”, realça a S&P.
O Metro de Lisboa já não está em "lixo" na óptica da Standard & Poor’s. Segundo a agência de "rating", a dívida da empresa de transporte ferroviário é classificada com um grau de investimento porque se for necessária uma injecção, o Estado estará lá.
"Consideramos que o operador Metropolitano de Lisboa tem a probabilidade quase certa de receber um apoio extraordinário do Estado português se for necessário", indica a nota divulgada esta terça-feira, 19 de Setembro. Ou seja, precisando de dinheiro, a empresa receberia o valor no tempo e no nível necessários.
Nesse sentido, há uma mudança na avaliação da dívida portuguesa de "BB+", o nível mais elevado de grau especulativo, para "BBB-", o primeiro nível em que o investimento é aconselhado, que se repercute depois nas empresas que dependem do Estado. Como o Metro de Lisboa. A classificação do Metro é a mesma e a perspectiva é "estável", não se antecipando alterações do "rating" no médio prazo.
"Pensamos que o Metro de Lisboa tem uma ligação integral ao Estado. Continuamos a vê-lo como uma extensão do Estado português, responsável por gerir e alargar a rede de metro na área de Lisboa, em estrito respeito pelos planos estatais", continua o mesmo documento.
A subida do "rating" por parte de uma das grandes três agências ocorre num momento em que o Governo pretende criar duas novas estações na rede da capital até 2021/2022.
Além do Metro de Lisboa, também outras empresas portuguesas beneficiaram da melhoria da sua classificação de risco, como o BPI e o Santander Totta, depois de a S&P ter elevado o "rating" da dívida portuguesa.