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IGCP avança com dois leilões de obrigações do Tesouro

O Tesouro nacional vai emitir dívida a 10 e a 22 anos na próxima semana. Uma dupla operação, na qual o instituto liderado por Cristina Casalinho procura obter entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.

Miguel Baltazar/Negócios
09 de Outubro de 2015 às 17:09
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A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai realizar um duplo leilão de obrigações do Tesouro (OT). Em causa estão em causa títulos a 10 e 22 anos, com o instituto à procura de angariar até 1.250 milhões de euros.

"O IGCP vai realizar no próximo dia 14 de Outubro, pelas 10h30, dois leilões das linhas de OT com maturidade em Outubro de 2025 (‘OT 2,875% 15Out2025’) e em Abril de 2037 (‘OT 4,1% 15Abr2037’)", revelou esta sexta-feira, 9 de Outubro, o instituto liderado por Cristina Casalinho (na foto). O Tesouro acrescentou ainda que a operação tem um montante indicativo entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.

Esta será a quinta vez este ano que o IGCP actua no mercado de dívida de médio e longo prazo sem a ajuda de um sindicato bancário. Em Fevereiro, o instituto realizou dois leilões separados de OT a 10 anos, aos quais se seguiu um leilão de títulos a seis anos em Maio. Já em Julho, o Tesouro foi ao mercado para colocar títulos a cinco e 22 anos, num duplo leilão de dívida.

As operações inserem-se no âmbito do programa de financiamento do Estado. Após o Banco de Portugal ter revelado o adiamento da venda do Novo Banco, o IGCP reviu as necessidades de financiamento e os objectivos para 2015, bem como para o ano seguinte. Neste processo, passou a prever emissões 2.500 milhões de euros de OT até ao final do ano, quando antes a estimativa apontava para apenas 2.000 milhões.

E este duplo leilão surge numa altura em que os juros da dívida soberana portuguesa estão em níveis muito baixos, apesar de ainda não haver avanços na formulação do próximo Governo. A taxa de juro das obrigações a 10 anos encerrou esta sexta-feira a subir 4,4 pontos base para 2,404%, numa semana marcada por ligeiros avanços. Desempenhos que corroboram a perspectiva dos analistas antes das eleições, quando apontavam que, quer fosse a coligação ou o PS a vencer, o impacto nos juros seria limitado.


(Notícia actualizada às 17h23, com mais informação)
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