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Famílias tiram dinheiro dos certificados há 10 meses consecutivos
As famílias voltaram a tirar dinheiro da dívida do Estado em junho. No mês passado, o "stock" de certificados de aforro registou uma quebra mensal de 2,77 milhões de euros, enquanto o "stock" dos certificados do Tesouro cedeu 66,38 milhões.
As famílias voltaram a tirar dinheiro dos certificados em junho, mantendo a tendência que se observa desde o final do ano passado. É o que mostram os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira.
No mês passado, o "stock" de certificados de aforro registou uma quebra mensal de 2,77 milhões de euros para 33.960,6 milhões de euros. Esta foi a oitava descida consecutiva.
Já os certificados do Tesouro recuaram 66,38 milhões de euros para 10.324,88 milhões de euros em junho. Desde novembro de 2021 que o "stock" desta fonte de financiamento do Estado tem vindo a cair.
Feitas as contas, as famílias retiraram 69,15 milhões de euros dos produtos de poupança do Estado em junho, tendo sido o décimo mês consecutivo de queda do "stock" conjunto.
Até agosto do ano passado, o dinheiro que entrava em certificados de aforro mais do que compensava a saída registada nos certificados do Tesouro, mas tal deixou de acontecer, o que levou a uma redução do montante total destes dois produtos desde setembro. A tendência manteve-se ao longo dos últimos quatro meses do ano passado e transitou para 2024.
Com o reforço dos depósitos por parte dos bancos e depois do travão à subida de juros nos certificados de aforro, com a introdução de uma nova série, os produtos de poupança do Estado têm-se tornado menos atrativos.