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Exxon perde "rating" máximo que detinha desde a Grande Depressão

A gigante petrolífera tinha “rating” máximo atribuído pela S&P desde os anos 30 do século passado. No entanto, o período de baixos preços do petróleo levou a Standard & Poor’s a cortar a notação da empresa.

27 de Abril de 2016 às 12:17
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Desde 1930 que a Exxon Mobil tinha "rating" máximo, segundo a Bloomberg. Mas no final desta terça-feira, 26 de Abril, a Standard & Poor’s retirou a classificação de AAA à petrolífera norte-americana, baixando a notação para AA+. Os analistas da agência justificaram a decisão com o período dos baixos preços do petróleo e com os dividendos generosos da empresa, que estava sob avaliação desde Fevereiro.

"Acreditamos que as medidas de crédito da Exxon Mobil serão fracas para terem um 'rating' de AAA devido, em parte, aos baixos preços das matérias-primas, as elevadas necessidades de reinvestimento e os elevados pagamentos de dividendos" e recompras de acções, referiram os analistas Ben Tsocanos e Christine Besset. Salientaram ainda que "os níveis de endividamento da empresa mais que duplicaram nos anos mais recentes". E avisa que pode descer o "rating" se a Exxon Mobil continuar a remunerar os accionistas com valores acima do fluxo de caixa gerado.

Apesar da descida do "rating", a S&P reconhece que a empresa "tem uma longo historial em fazer grandes investimentos e aquisições de uma forma prudente, o que é um factor positivo para a qualidade do rating".

Além do corte de "rating" poder ter reflexos negativos nos custos de financiamento da petrolífera, a Bloomberg referiu que Jeffrey Woodbury, responsável da Exxon pela relação com investidores, tinha argumentado em Fevereiro que o "rating" de AAA era um factor essencial para a empresa conseguir ganhar licenças de perfuração. 

Os títulos da Exxon Mobil encerraram a sessão desta terça-feira nos 87,60 dólares, a apreciar 0,31%.

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