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Evergrande falha terceiro pagamento em três semanas agravando medo de "default"

O gigante chinês voltou a não conseguir cumprir com o pagamento de dois cupões correspondentes a parte de dívida que expira nos próximos dois anos.

As medidas de restrição no acesso ao crédito impostas pelas autoridades chinesas puseram a descoberto a situação insustentável da Evergrande.
Aly Song/Reuters
12 de Outubro de 2021 às 07:52
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O Evergrande, grupo gigante do setor imobiliário na China que tem feito manchetes pelo seu incumprimento, voltou a falhar o terceiro pagamento aos seus credores pela terceira semana consecutiva, alimentando os receios do mercado sobre um "efeito dominó" que se alastre para o resto das empresas no mesmo ramo.

Alguns obrigacionistas, investidores que compraram dívida da empresa, disseram que não receberam o pagamento de uma parte de dois cupões cuja maturidade final expira em abril de 2022 e abril de 2023. Só que a empresa acordou pagar 9,5% e 10% da dívida que emitiu em ambas as operações, respetivamente, até ao dia 11 de outubro, algo que não se verificou. No total, ficaram por liquidar 148 milhões de dólares, calcula a Reuters.

Agora a empresa terá 30 dias para cumprir com o pagamento ou, caso contrário, entra em regime de "default" ou incumprimento, de acordo com o memorando de uma das emissões referidas. 

O gigante imobiliário chinês, com uma dívida que ronda os 305 mil milhões de dólares, continua a dar sinais de que está à beira da rutura financeira. Depois de no final de setembro ter falhado o pagamento de dois cupões, agora não é capaz de cumprir com o terceiro. 

Depois de o Evergrande, várias empresas falharam em cumprir o pagamento aos seus credores em dólares, alimentando o risco de um "default" geral em todo o setor do imobiliário, que acumula 5 biliões de dólares de dívida na mão dos investidores, estima o banco japonês Nomura Holdings.

Várias empresas estão agora a tentar adiar o pagamento dos cupões de dívida, procurando liquidez para cumprir com as responsabilidades. Algumas estarão a tentar vender partes do negócio, como é o caso do Evergrande, de forma a evitar o prazo de 30 dias sem pagar aos credores - o que significaria a entrada em terreno de "default". A Modern Land, uma outra empresa do setor, está agora a pedir um adiamento do prazo de pagamento por mais três meses para um cupão que expira a 25 de outubro.

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