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Custo da dívida emitida até abril atinge novo mínimo histórico

Em média, a nova dívida emitida pelo IGCP de janeiro a abril foi financiada a 1,6%.

29 de Maio de 2019 às 11:50
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O sucesso das idas ao mercado do IGCP para emitir dívida continua a contribuir para a redução gradual do custo da dívida emitida.

Entre janeiro a abril, esse custo baixou para 1,6%, um novo mínimo histórico, segundo o relatório de maio da agência que gere a dívida pública. Esta quarta-feira e quinta-feira, 29 e 30 de maio, decorre a emissão de "Panda Bonds" que deverão ter um custo superior à emissão de dívida em euros. 

O custo de nova dívida tem vindo a cair desde 2011 - ano em que Portugal ficou sem acesso ao mercado de financiamento internacional e solicitou assistência externa -, depois de ter atingido um máximo de 5,8% (ver gráfico).

Em abril, a emissão de obrigações a dez anos e a 18 anos voltou a arrecadar um juro historicamente baixo. No mercado secundário, os juros da dívida a dez anos - que servem de referência para o mercado - baixaram hoje do patamar dos 0,9% pela primeira vez. 

Isso significa que no futuro continuará a reduzir-se? A expectativa é que sim. Em maio, além da emissão a dez anos que também atingiu mínimos, Portugal vai emitir pela primeira vez dívida em moeda chinesa. Apesar de se estimar que o juro será "significativamente" mais alto do que numa emissão em euros, a dimensão da emissão (o equivalente a 260 milhões de euros) diminui o seu impacto no custo da dívida pública face às frequentes emissões de mil milhões de euros. 

Recorde-se que o custo da dívida direta do Estado engloba o custo médio dos Bilhetes do Tesouro (BT), Obrigações do Tesouro (OT), Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) e MTN emitidos no período correspondente, ponderado pelo montante e maturidade.

Esta trajetória dos juros de Portugal traduz-se, na prática, num custo de financiamento bem menor face ao passado recente. Esta redução reflete o ambiente de juros baixos promovido pelo Banco Central Europeu (BCE) que permitiu aos Estados europeus financiaram-se a menores taxas. Para tal tem também contribuído a melhoria do "rating" da República por parte das principais agências de notação financeira, como por exemplo a melhoria da perspetiva de"estável" para "positiva" por parte da Fitch na passada sexta-feira.
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