Notícia
Dívida pública emitida até maio "custa" 1,5%, um novo mínimo histórico
Em média, a nova dívida emitida pelo IGCP de janeiro a maio deste ano foi financiada a 1,5%. É um novo mínimo histórico.
A nova dívida emitida por Portugal entre janeiro e maio registou um "custo" médio de 1,5%, um novo mínimo histórico, pelo menos, desde 2010, segundo os dados revelados esta sexta-feira, 21 de junho, pelo IGCP, a agência que gere a dívida pública.
Maio foi um mês que ficou marcado pela primeira emissão de dívida pública portuguesa na China, tendo esta sido a estreia de um país da Zona Euro no mercado em moeda chinesa. As obrigações com maturidade de três anos vão pagar uma taxa de juro superior face à dívida emitida em euros na mesma maturidade, mas a reduzida dimensão desta operação não terá afetado de forma relevante o juro médio da nova dívida.
É que o mês de maio também foi um mês em que os juros da dívida pública a dez anos continuaram a baixar no mercado secundário, o que teve repercussão no mercado primário (onde o IGCP emite). Os juros portugueses a dez anos começaram maio nos 1,1%, mas fecharam o mês nos 0,8%. Em junho, a "yield" continuou em queda, negociando agora no patamar dos 0,5%.
Na emissão feita em maio a dez anos, o IGCP conseguiu colocar a 1,059%, o que na altura representou mais um mínimo histórico para Portugal. É expectável que o custo médio da nova dívida continue a baixar este mês dado que a emissão a dez anos arrecadou um novo mínimo histórico com 0,639%, bem abaixo da emissão de maio, tal como mostra o gráfico.
O custo de nova dívida tem vindo a cair desde 2011 - ano em que Portugal ficou sem acesso ao mercado de financiamento internacional e solicitou assistência externa -, depois de ter atingido um máximo de 5,8% (ver gráfico em baixo).
Recorde-se que o custo da dívida direta do Estado engloba o custo médio dos Bilhetes do Tesouro (BT), Obrigações do Tesouro (OT), Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) e MTN emitidos no período correspondente, ponderado pelo montante e maturidade.O custo do "stock" (nova e velha) da dívida pública portuguesa baixou em 2018 pelo quarto ano consecutivo. Ao todo, o endividamento custou 2,8% no ano passado, abaixo dos 3% de 2017. Este é um novo mínimo, pelo menos, desde 2010 (3,5%).
Esta trajetória dos juros de Portugal traduz-se, na prática, num custo de financiamento bem menor face ao passado recente. Esta redução reflete o ambiente de juros baixos promovido pelo Banco Central Europeu (BCE) que permitiu aos Estados europeus financiaram-se a menores taxas. Para tal tem também contribuído a melhoria do "rating" da República por parte das principais agências de notação financeira.
Maio foi um mês que ficou marcado pela primeira emissão de dívida pública portuguesa na China, tendo esta sido a estreia de um país da Zona Euro no mercado em moeda chinesa. As obrigações com maturidade de três anos vão pagar uma taxa de juro superior face à dívida emitida em euros na mesma maturidade, mas a reduzida dimensão desta operação não terá afetado de forma relevante o juro médio da nova dívida.
Na emissão feita em maio a dez anos, o IGCP conseguiu colocar a 1,059%, o que na altura representou mais um mínimo histórico para Portugal. É expectável que o custo médio da nova dívida continue a baixar este mês dado que a emissão a dez anos arrecadou um novo mínimo histórico com 0,639%, bem abaixo da emissão de maio, tal como mostra o gráfico.
O custo de nova dívida tem vindo a cair desde 2011 - ano em que Portugal ficou sem acesso ao mercado de financiamento internacional e solicitou assistência externa -, depois de ter atingido um máximo de 5,8% (ver gráfico em baixo).
Recorde-se que o custo da dívida direta do Estado engloba o custo médio dos Bilhetes do Tesouro (BT), Obrigações do Tesouro (OT), Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV) e MTN emitidos no período correspondente, ponderado pelo montante e maturidade.O custo do "stock" (nova e velha) da dívida pública portuguesa baixou em 2018 pelo quarto ano consecutivo. Ao todo, o endividamento custou 2,8% no ano passado, abaixo dos 3% de 2017. Este é um novo mínimo, pelo menos, desde 2010 (3,5%).
Esta trajetória dos juros de Portugal traduz-se, na prática, num custo de financiamento bem menor face ao passado recente. Esta redução reflete o ambiente de juros baixos promovido pelo Banco Central Europeu (BCE) que permitiu aos Estados europeus financiaram-se a menores taxas. Para tal tem também contribuído a melhoria do "rating" da República por parte das principais agências de notação financeira.