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Continuação dos estímulos do BCE atira juros portugueses para mínimo de quase seis meses

Mario Draghi confirmou que o BCE vai manter inalterados os juros em mínimos históricos e que também o programa extraordinário de compra de activos vai permanecer até ao final do ano e para lá dessa data, se necessário. Os juros da dívida lusa a 10 anos recuaram para um mínimo de quase meio ano.

27 de Abril de 2017 às 15:08
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A tendência de queda dos juros da dívida pública portugueses verificada nas últimas sessões acentuou-se esta quinta-feira, 27 de Abril, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado que vai manter inalterado o programa de compra de activos.

 

No prazo a 10 anos, a taxa de juro associada às obrigações lusas recua 6,7 pontos base para 3,507%, isto depois de já terem negociado nos 3,494%, a menor taxa exigida no mercado secundário para a aquisição de dívida pública portuguesa desde 15 de Novembro do ano passado.

 

Depois de largos meses a transaccionar próxima e mesmo acima dos 4%, a "yield" associada às obrigações lusas com maturidade a 10 anos permanece abaixo desta barreira desde 3 de Abril.

 

Por volta das 13:30, Mario Draghi, presidente do BCE, notou que apesar da recuperação económica e dos menores riscos que pendem sobre a Zona Euro, a inflação permanece distante de estabilizar próxima da meta de 2% definida pelo banco central.

 

Assim, Draghi considera que as taxas de juro devem continuar inalteradas em mínimos históricos e que o programa de compra de activos no valor de 60 mil milhões de euros mensais deve prosseguir. Este programa continuará até ao final de Dezembro deste ano "ou até mais tarde, se necessário", especificou em comunicado o BCE.

Depois de o INE ter confirmado que em 20016 o Estado português registou o mais baixo défice orçamental da história democrática, um dado que reforça as possibilidade de o país sair do procedimento por défices excessivos, o ambiente económico em Portugal tem vindo a melhorar com várias instituições a melhorarem as previsões de crescimento do PIB português.

 

Já esta quinta-feira, o INE divulgou dados que mostram que a confiança dos consumidores portugueses avançou em Abril pelo oitavo mês seguido para o valor mais alto em quase 20 anosTambém na Zona Euro os dados são positivos, tendo a Comissão Europeia, também esta manhã, revelado que a confiança de consumidores e empresários no bloco do euro cresceu em Abril para máximos de quase 10 anos.

 

As "yields" das obrigações portuguesas registam uma descida acentuada esta semana face ao fecho da sessão da passada sexta-feira, também beneficiando de um clima de maior confiança proporcionado pela vitória do europeísta Emmanuel Macron na primeira volta das eleições presidenciais francesas. 



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