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Índice de confiança na Zona Euro cresceu em Abril para máximos de 10 anos
Um relatório da Comissão Europeia mostra que um índice que mede a confiança dos consumidores e das empresas na Zona Euro avançou em Abril para o nível mais elevado desde Agosto de 2007, um máximo de quase 10 anos.
A confiança dos países da Zona Euro aumentou em Abril para um máximo de praticamente 10 anos. Um relatório divulgado esta quinta-feira, 27 de Abril, pela Comissão Europeia mostra que o índice que mede a evolução da confiança dos empresários e dos consumidores avançou de 108 pontos em Março para 109,6 pontos em Abril.
Esta evolução permitiu ao índice registar um máximo de Agosto de 2007 e superou as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg que antecipavam um valor de 108,2 pontos.
O documento publicado pela Comissão Europeia mostra uma melhoria na generalidade dos sectores, com o sector industrial a beneficiar do aumento das encomendas, e a confiança dos consumidores estimulada por um maior optimismo relativamente à criação de emprego e à evolução económica.
Também na Alemanha, a maior economia do bloco do euro, o índice de confiança do consumidor medido pelo indicador do centro de estudos GfK apresenta melhorias, tendo crescido em Maio para 10,2 pontos relativamente aos 9,8 pontos registados em Abril. E em França, a segunda maior economia da Zona Euro, a confiança da indústria avançou em Abril para o nível mais alto em seis anos.
Estes dados parecem confirmar a tendência de maior robustez da Zona Euro, numa altura em que o crescimento económico aumenta o ritmo e em que a incerteza parece agora menor depois da vitória do centro-direita nas legislativas holandesas e da vitória do centrista Emmanuel Macron na primeira volta das presidenciais gaulesas.
Esta realidade poderá levar o Banco Central Europeu a proceder a mudanças na política monetária expansionista em curso, já que após quatro anos sem conseguir alcança a meta em torno de 2% de inflação, esta taxa está agora bem acima de 1%. Esta quinta-feira, a instituição liderada por Mario Draghi irá precisamente anunciar a sua posição sobre política monetária.
A agência Reuters escreve que Draghi poderá sinalizar já a intenção de em Junho, mediante a continuação de um clima económico favorável, reduzir o programa de estímulos económicos.
No entanto, um conjunto de analistas consultados por esta agência noticiosa considera que o presidente do BCE deverá aludir à ainda baixa inflação, ao ainda moderado crescimento dos salários e à incerteza para sustentar que reduzir os estímulos nesta altura poderá colocar em causa os esforços levados a cabo pela autoridade monetária europeia nos últimos anos.