Notícia
BCE acelera para o melhor mês das compras de activos
A instituição monetária da Zona Euro voltou a aumentar as compras de obrigações no mercado secundário. Ainda assim, a última semana foi a terceira pior, desde que o BCE arrancou com a aquisição de dívida soberana.
O programa de compra de activos do sector público (PSPP) atingiu em Junho o melhor mês de sempre. O Banco Central Europeu comprou um total de 63,247 mil milhões de euros, acima dos 63,088 mil milhões registados no mês anterior. Apesar desta evolução, a semana passada foi uma das piores desde o início das compras de dívida soberana.
A instituição monetária da Zona Euro investiu em Junho 51,469 mil milhões de euros, através do PSPP. Contudo, o valor dos activos detidos pelo BCE, no final do mês, subiu apenas para 197,53 mil milhões, pois houve um ajustamento do custo amortizado de 592 milhões. Já as compras de dívida soberana portuguesa atingiram os 1,165 mil milhões, quase em linha com os 1,174 mil milhões registados em Maio.
Já a aquisição de "covered bonds" ascendeu a 10,215 mil milhões de euros, sendo que o balanço do banco central conta agora com 94,997 mil milhões nestes activos, devido à amortização de 326 milhões. As compras de instrumentos de dívida titularizados foram, por seu lado, de 1,589 mil milhões. Tendo havido apenas uma amortização de 1 milhão de euros, o total ascende, agora, a 8,802 milhões.
Apesar do bom desempenho ao nível domês, o registo das compras entre 29 de Junho e 3 de Julho é um dos piores até agora. O BCE investiu 12,538 mil milhões de euros, entre os três programas de compras de activos, o que faz deste período o terceiro pior desde o início do PSPP.
Maturidade dos títulos cai
Apesar da turbulência registada nos mercados de dívida, o BCE voltou a investir em títulos com uma menor maturidade. O prazo médio dos activos inseridos no PSPP é agora de oito anos, inferior aos 8,07 anos registados no mês anterior e os 8,56 anos atingidos no primeiro mês do programa.
As obrigações soberanas de Malta continuam a ser aquelas que têm a maior maturidade, sendo que esta ascende a 12,01 anos. Logo depois surge a dívida portuguesa, cuja maturidade média recuou de 10,84 para 10,61 anos.