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Bankinter: Portugal poderá ser alvo de melhorias de rating até ao fim do ano
Banco espanhol acredita que as taxas de juro do país vão manter-se favoráveis, com a dívida portuguesa a beneficiar de possíveis melhorias de rating nos próximos meses.
O resultado das eleições deverá levar a que Portugal seja alvo de novas melhorias de rating nos próximos meses. A expectativa é do Bankinter, no seu outlook para o quarto trimestre do ano, que antecipa que o país continue a beneficiar com um ambiente de taxas de juro baixas.
"Prevemos futuras revisões em alta do rating, uma vez superadas as eleições legislativas", antecipa o Bankinter, no seu outlook para os últimos três meses do ano. O banco de investimento, a perspetiva de continuidade da política dos últimos anos deverá justificar possíveis revisões em alta até ao final do ano.
Na sequência das legislativas do passado fim-de-semana, os especialistas referem que os cenários mais prováveis são um acordo entre PS e Bloco de Esquerda ou um Governo minoritário do PS.
"Qualquer um dos dois cenários permitirá ao Governo prosseguir, ou até aprofundar, as políticas de consolidação orçamental dos últimos anos, uma realidade que contrasta com a vivida nos restantes países periféricos e que deverá ser valorizada pelas agências de rating em futuras avaliações do país", explica o Bankinter no "outlook" para o último trimestre de 2019.
Em relação à evolução dos juros do país, que baixaram as taxas espanholas esta semana, a expectativa é que a "yield" de Portugal continue a ser favorecida "pela diminuição do prémio de risco exigido pelos investidores, perante a melhoria dos fundamentais da economia (PIB, dívida, défice, etc.); políticas monetárias ultra acomodatícias do BCE, reforçadas na última reunião do conselho; e revisões em alta do rating do país por parte das principais agências".
"Acreditamos que todos os fatores mencionados irão continuar a pressionar em baixa as taxas de juro do país, com particular destaque para a possibilidade de novas revisões em alta do rating ao longo do 4º trimestre deste ano ou início de 2020, uma vez superadas as eleições legislativas", remata o Bankinter.