Segundo a Autoridade de Gestão da Dívida Pública grega (PDMA), Atenas colocou 1.300 milhões de euros, 1,30 vezes superior aos 1.000 milhões de euros da oferta inicial.

No anterior leilão, a procura também foi 1,30 vezes superior à oferta e foram colocados 1.137,50 milhões de euros a uma taxa de juro de 2,50%.

As taxas de juro têm subido ininterruptamente em todos os leilões dos últimos meses, não só sob o Governo de Alexis Tsipras, como também sob o anterior, liderado por Antonis Samaras.

Os juros da dívida da Grécia estavam hoje de manhã, cerca das 11h50 em Lisboa, no mercado secundário em torno dos 10,75%, ou seja, de novo acima da 'barreira psicológica' de 10%.

Os leilões de Março assumem especial importância porque Atenas enfrenta um mês decisivo em termos de liquidez, com numerosos pagamentos calendarizados e sem poder receber das instituições que formavam a troika ajuda financeira senão quando cumprir uma série de requisitos pendentes.

O acordo alcançado com o Eurogrupo estipula que até ao final de Abril, para quando está prevista a realização de uma avaliação das reformas prometidas, Grécia não obterá os 7.200 milhões de euros que estão pendentes do segundo resgate.

Desde que a Grécia saiu do mercado primário da dívida só se pode financiar através de leilões de 'letras do Tesouro', mas com um limite de 15.000 milhões de euros, que já foi alcançado.

Por este motivo, o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, solicitou ao Banco Central Europeu (BCE) o aumento deste tecto em pelo menos 8.000 milhões de euros, mas, por enquanto, não recebeu resposta positiva.