Notícia
Apetite dos investidores leva a procura recorde por obrigações italianas a 30 anos
A procura por obrigações italianas com maturidade em 2050 superou os 44 mil milhões de euros, quebrando o anterior recorde.
A emissão de dívida pública italiana a 30 anos desta quarta-feira, 15 de janeiro, está a ter uma procura recorde, de acordo com fontes ligadas ao processo citadas pela Bloomberg.
A agência italiana que gere a dívida pública - semelhante ao IGCP em Portugal - terá registado uma procura superior a 44 mil milhões de euros na emissão a 30 anos, o que supera o anterior recorde de 41 mil milhões de euros no mesmo tipo de emissão realizada no ano passado.
O apetite dos investidores por obrigações italianas, cujo rendimento permanece acima da maioria dos países da Zona Euro (incluindo Portugal), tem vindo a aumentar gradualmente. No mercado secundário, a 'yield' associada à dívida italiana a 30 anos está a aliviar 3,6 pontos base para os 2,425%.
Inicialmente foi a nova coligação de Governo entre o Movimento 5 Estrelas (anti-establishment) e o Partido Democrata (europeístas de centro esquerda), afastando a Liga de Matteo Salvini do Executivo, a dar mais garantias de estabilidade e de uma política orçamental "responsável" num país que mantém um rácio da dívida pública acima dos 130% do PIB.
Ainda assim, não está de todo afastada a incerteza política, principalmente com a realização de eleições regionais este mês que poderão destabilizar a coligação de Governo e reforçar a oposição de Salvini, aumentando a probabilidade de eleições antecipadas. Para Mauro Vittorangeli, analista da Allianz Global Investors, "Itália irá continuar a sofrer da instabilidade política".
Mais recentemente, o reinício do programa de compras de dívida pública por parte do Banco Central Europeu (BCE) deu ainda mais ânimo às obrigações italianas. Além disso, os juros baixos na maioria das economias desenvolvidas deixou os investidores com menos ativos rentáveis.
"A forte procura por dívida italiana é, na minha opinião, uma consequência do mercado ainda estar inundado com dinheiro num mundo que oferece 'yields' muito baixas nos mercados 'core', à exceção dos EUA", explica Arne Lohmann Rasmussen, analista-chefe do Danske Bank, à Bloomberg, referindo que os investidores têm de estar ativos nestes mercados de obrigações.
Apesar de ser mais notório em Itália, o contínuo apetite dos investidores por dívida pública também se regista noutros países europeus. Esta terça-feira a emissão de dívida espanhola também registou uma procura recorde e o mesmo aconteceu com a emissão sindicada da Irlanda na semana passada.
No caso de Portugal, a emissão sindicada da semana passada registou uma procura 6,3 vezes superior à oferta, tendo o livro de ordens atingido os 25,7 mil milhões de euros.
A agência italiana que gere a dívida pública - semelhante ao IGCP em Portugal - terá registado uma procura superior a 44 mil milhões de euros na emissão a 30 anos, o que supera o anterior recorde de 41 mil milhões de euros no mesmo tipo de emissão realizada no ano passado.
Inicialmente foi a nova coligação de Governo entre o Movimento 5 Estrelas (anti-establishment) e o Partido Democrata (europeístas de centro esquerda), afastando a Liga de Matteo Salvini do Executivo, a dar mais garantias de estabilidade e de uma política orçamental "responsável" num país que mantém um rácio da dívida pública acima dos 130% do PIB.
Ainda assim, não está de todo afastada a incerteza política, principalmente com a realização de eleições regionais este mês que poderão destabilizar a coligação de Governo e reforçar a oposição de Salvini, aumentando a probabilidade de eleições antecipadas. Para Mauro Vittorangeli, analista da Allianz Global Investors, "Itália irá continuar a sofrer da instabilidade política".
Mais recentemente, o reinício do programa de compras de dívida pública por parte do Banco Central Europeu (BCE) deu ainda mais ânimo às obrigações italianas. Além disso, os juros baixos na maioria das economias desenvolvidas deixou os investidores com menos ativos rentáveis.
"A forte procura por dívida italiana é, na minha opinião, uma consequência do mercado ainda estar inundado com dinheiro num mundo que oferece 'yields' muito baixas nos mercados 'core', à exceção dos EUA", explica Arne Lohmann Rasmussen, analista-chefe do Danske Bank, à Bloomberg, referindo que os investidores têm de estar ativos nestes mercados de obrigações.
Apesar de ser mais notório em Itália, o contínuo apetite dos investidores por dívida pública também se regista noutros países europeus. Esta terça-feira a emissão de dívida espanhola também registou uma procura recorde e o mesmo aconteceu com a emissão sindicada da Irlanda na semana passada.
No caso de Portugal, a emissão sindicada da semana passada registou uma procura 6,3 vezes superior à oferta, tendo o livro de ordens atingido os 25,7 mil milhões de euros.