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Wall Street recua à espera da "earnings season". Twitter tomba mais de 11%
Wall Street terminou a sessão no vermelho, à medida que os investidores se preparam para o arranque da "earnings season" esta semana. Twitter, Apple e Tesla foram as que mais se destacaram pela negativa.
Wall Street terminou a sessão no vermelho, à medida que os investidores se preparam para o arranque da "earnings season" esta semana. O mercado teme que os lucros das companhias norte-americanas estejam sob pressão, devido a um possível abrandamento económico, provocado pelo aumento agressivo das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O industrial Dow Jones derrapou 0,52% para 31.173,84 pontos, enquanto o "benchmark" S&P 500 desvalorizou 1,15% para 3.854,13 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 2,15% para 11.372,60 pontos, uma queda cuja dimensão não era vista desde o passado dia 28 de junho.
Entre os principais movimentos de mercado, o Twitter registou uma queda de 11,61% para 32,57 dólares, a par da Tesla - que caiu 6,67% para 702,45 dólares -, depois de este domingo Elon Musk ter deixado cair a compra da rede social por 44 mil milhões de dólares. Alguns analistas citados pela Bloomberg apontam mesmo que os títulos da rede social possam cair abaixo da fasquia dos 30 dólares, se o acordo falhar por completo.
A sessão foi ainda pressionada pela Apple, que desvalorizou 1,48% para 144,87 dólares por ação.
"O mercado de ações ainda não incorporou nos preços uma possível contração nas estimativas dos lucros para este ano (ou para o próximo)", alerta Matt Malley, responsável pelo gabinete de estratégia da Miller Tabak. O especialista acrescenta que se estas previsões – que serão atualizadas nos relatórios e contas que serão publicados nas próximas semanas – falharem, "o mercado terá margem para cair ainda mais antes de atingir um fundo importante".
Matt Malley alerta ainda que neste momento as ações estão a ser negociadas em alta, já que o rácio preço-venda (na sigla inglesa PSR) – uma métrica que resulta da divisão do preço das ações pelo volume de negócios (o valor da venda de bens e da prestação de serviços) por ação obtido durante 12 meses) – está no mesmo nível que os tempos de alta em 2020,2018 e 200, durante a bolha das "dot com".