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Trumpnomics puxa pela banca e acelera escalada global dos juros

A expectativa em torno das políticas de Trump acelerou uma escalada dos juros a nível mundial, com as "yields" nacionais em máximos de Fevereiro. Já nas acções, a valorização da banca sustentou um fecho positivo na Europa.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,14% para 4.370,84 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,22% para 338,23 pontos

S&P 500 desliza 0,14% para 2.161,43 pontos

Yield a 10 anos de Portugal avança 5,7 pontos base para 3,541%

Euro recua 1,20% para 1,0726 dólares

Petróleo cai 2,37% para 43,69 dólares por barril, em Londres

Banca puxa pelas bolsas

As expectativas em torno da política de Donald Trump voltaram a dominar a negociação nos mercados. As bolsas europeias arrancaram a semana a valorizar, suportadas pela banca e pelas mineiras. O Stoxx 600 avançou 0,22%, a prolongar o maior ciclo de ganhos desde 1994, num dia em que a maioria dos índices encerrou com ganhos em torno de 0,5%. Em destaque estiveram os títulos do sector financeiro, com o índice para a banca a valorizar mais de 2%, perante a expectativa de que as políticas económicas de Trump acelerem uma subida dos juros e que a nova governação seja menos exigente em termos de regulação no sector. Em alta esteve ainda o sector mineiro, com os títulos a serem impulsionadas pela expectativa de maior investimento nos EUA.

Já a travar subidas mais expressivas na Europa esteve o sector petrolífero. As companhias do sector lideraram as quedas, arrastadas pela forte desvalorização dos preços do petróleo nos mercados internacionais, para mínimos de três meses.

A bolsa lisboeta não conseguiu acompanhar os ganhos na Europa. O PSI-20 cedeu 0,14%, penalizado pelas descidas da Jerónimo Martins e da EDP. A retalhista que detém os supermercados Pingo Doce caiu 2,22% para 14,55 euros e foi a principal responsável pela descida do índice. Entre os "pesos pesados" da bolsa lisboeta, destaque pela negativa ainda para a EDP. A eléctrica  cedeu 1,24% para 2,637 euros, a prolongar as quedas registadas nas últimas sessões. Uma nota positiva para o BCP, que esteve a acompanhar os ganhos do sector na Europa. O banco liderado por Nuno Amado somou 1,17% para 1,25 euros.

Taxa a dez anos continua escalada

Os juros da dívida continuam a escalar. A aposta dos investidores no sentido de que a política económica de Trump resulte em maior inflação tem provocado uma subida das taxas das obrigações a nível global. E os títulos portugueses não são excepção. A "yield" a dez anos sobe esta segunda-feira 5,7 pontos base para 3,541%, o quarto aumento consecutivo. A taxa alemã também sobe, mas de forma mais moderada. A "yield" aumentou 1,1 pontos base para 0,319%. A tendência de subida dos juros é também visível nas taxas espanholas e italianas. Sobem 4,5 e 5,9 pontos base, respectivamente, para 1,519% e 2,079%. 

Taxas Euribor estáveis pela sétima sessão

E vão sete. A Euribor a três meses, um dos indexantes mais utilizados pelos portugueses no seu crédito à habitação, terminou inalterada pela sétima sessão em -0,312%, segundo dados da Bloomberg. O indexante continua assim a negociar ligeiramente acima do actual mínimo histórico de -0,313%.

Dólar continua a fortalecer

Desde a eleição de Trump que a nota verde não pára de ganhar força. Esta segunda-feira o índice da Bloomberg que mede o desempenho do dólar contra outras grandes dez divisas mundiais sobe 0,98% para 1.240,35 pontos. Dispara 3,43% desde a eleição e negoceia no valor mais elevado desde Fevereiro. Este desempenho é explicado pela aposta do mercado que com Trump na Casa Branca e com os Republicanos a dominar o Congresso haja um aumento da despesa, do crescimento e da inflação.

 

Irão aumenta produção. Petróleo afunda

O preço do petróleo atingiu esta segunda-feira o valor mais baixo dos últimos três meses e desce pela terceira sessão consecutiva. A cotação da matéria-prima foi penalizada pelo aumento da produção do Irão e pelos dados que mostram que o número de plataformas petrolíferas operadas nos Estados Unidos é o maior desde Fevereiro. O preço do Brent desce 2,37% para 43,69 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, cede 2,51% para 42,32 dólares.

Goldman trava cobre

Os preços do cobre travaram os ganhos, depois de o Goldman Sachs ter adiantado que as cotações subiram excessivamente e demasiado depressa. O metal chegou a subir um máximo de 3,4% para 5.736,50 dólares por tonelada, mas seguia a negociar nos 5.563,50 dólares, no mercado londrino, a reagir à nota de investimento do banco norte-americano. Estes comentários seguiram-se à escalada de 21% do cobre na última semana, a maior subida desde 2008, com o metal a ser sustentado pela expectativa em torno do plano de investimentos de Donald Trump.

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