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Abertura dos mercados: Juros aliviam, bolsas sobem e petróleo avança

A sessão de hoje está a ser marcada pela correcção da forte variação nos activos que ontem mais se destacaram devido ao "efeito Trump". Destaque para o alívio nos juros da dívida soberana e correcção do dólar.

Reuters
15 de Novembro de 2016 às 09:15
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,84% para 4.407,34 pontos

Stoxx 600 valoriza 0,41% para 339,61 pontos

Nikkei desceu 0,03% para 17.668,15 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2,5 pontos para 3,54%

Euro soma 0,59% para 1,08 dólares

Petróleo em Londres sobe 1,94% para 45,29 dólares o barril

 

Bolsas recuperam 

As bolsas europeias negoceiam em terreno positivo, recuperando das quedas de segunda-feira, que foram motivadas pelo dia de forte alta nos juros das obrigações soberanas em todo o mundo, devido às expectativas de subida da inflação e maior crescimento económico nos Estados Unidos. Hoje as "yields" da dívida soberana estão a aliviar e os investidores estão a dar atenção a outros factores, como os resultados acima do esperado da Vodafone e a subida dos preços do petróleo.   

 

O Stoxx 600 valoriza 0,41%, em linha com a variação dos principais índices nacionais na Europa. O PSI-20, que vem de quatro sessões a fechar em terreno negativo, sobe perto de 1% e está a ser impulsionado pela EDP e Galp Energia.  

 

Petróleo avança com expectativa de acordo 

As cotadas do sector energético estão a liderar os ganhos nas bolsas europeias devido à alta do petróleo. O Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a avançar 1,73% para 45,20 dólares por barril, depois de ter sido noticiado que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estão a fazer um esforço diplomática de forma a conseguirem implementar o corte de produção já acordado com o objectivo de estabilizar os preços desta matéria-prima. 

 

Juros aliviam 

Depois da forte alta registada ontem nas "yields" das obrigações soberanas um pouco por todo o mundo, esta terça-feira está a ser marcada por um alívio, com os investidores a considerarem que ainda é cedo para decretar o fim dos juros baixos no mercado de dívida.

 

A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos está a descer 2,5 pontos base para 3,54%, em linha com a queda registada noutros países periféricos do euro. O juro das bunds com a mesma maturidade desce para 0,309%, pelo que o "spread" da dívida portuguesa está também a aliviar, situando-se nos 320 pontos base. Nos EUA a "yield" da dívida a 10 anos desce 6 pontos base para 2,2%. Nas três sessões anteriores tinha disparado 41 pontos base.

 

Euro recupera com dólar a corrigir

No mercado cambial o dia está também a ser de correcção, pois o dólar está a ceder terreno depois de na segunda-feira ter sido um dos "vencedores" das expectativas com as políticas que Donald Trump pretende adoptar nos Estados Unidos. O índice que mede a evolução da moeda norte-americana contra as 10 principais divisas mundiais cede 0,2% depois de ter avançado 3,2% para máximos de nove meses.

 

O euro está assim a recuperar terreno face à "nota verde". A moeda europeia, que ontem atingiu mínimos de Janeiro, está a subir 0,59% para 1,08 dólares.

 

Minério de ferro afunda 

Com o presidente eleito dos Estados Unidos a apostar forte nas infra-estruturas para impulsionar a economia norte-americana, as matérias-primas têm negociado em forte alta nas últimas sessões. Mas esta terça-feira também é dia de alívio, com o minério de ferro a afundar 9% em Singapura, depois de ter tocado em máximos de dois anos. Entre os outros metais industriais, o zinco recua 1% em Londres e o cobre cai 2,8% a recuar de máximos de um ano. 

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