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Europa com ganhos ligeiros antes da Páscoa. Juros agravam-se com menor aversão ao risco
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
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Europa com ganhos ligeiros antes da Páscoa
As principais praças europeias encerraram o dia no verde, numa semana mais curta do que o habitual. As bolsas geridas pela Euronext regressam à negociação só na próxima terça-feira, 11 de abril.
A sessão encerrou com ganhos ligeiros, com o Stoxx 600 – que reúne as 600 maiores cotadas do bloco – a valorizar 0,51% para 458,94 pontos.
Entre os 20 setores que compõem o índice, imobiliário e banca comandaram os ganhos, enquanto o retalho e o setor dos media lideraram as perdas.
Entre as principais praças europeias, Milão avançou 1,29%, Londres subiu 1,03%, Madrid ganhou 0,18%, Frankfurt valorizou 0,5%, Amesterdão cresceu 0,54% e Paris somou 0,12%. Por cá, a bolsa de Lisboa acompanhou a tendência europeia e cresceu 0,6%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro seguem a agravar-se, num dia em que as bolsas europeias fecharam com ganhos, o que demonstra um regresso dos investidores aos ativos de risco, após sessões marcadas por um maior refúgio nas obrigações.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agravaram-se 0,3 pontos base para 2,179%, enquanto os juros da dívida pública italiana somaram 1,8 pontos base para 4,022%.
Já os juros da dívida portuguesa com o mesmo vencimento aumentaram 0,8 pontos base para 3,028%, os juros da dívida francesa cresceram 1,5 pontos base para 2,697% e os da dívida espanhola subiram 2 pontos base para 3,223%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica avançaram 0,4 pontos base para 3,424%.
Petróleo cede ligeiramente. Mas ganha mais de 6% na semana
Os preços do "ouro negro" seguem a recuar ligeiramente, depois de os novos dados económicos dos EUA – os pedidos iniciais de subsídio de desemprego aumentaram mais do que o esperado na semana passada – mexerem com o sentimento dos investidores.
Os novos pedidos de subsídio de desemprego ascenderam a 228 mil e, apesar de representarem uma queda face à semana precedente, ficaram acima dos 200 mil esperados pelos economistas.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,11% para 80,52 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desliza 0,01% para 84,98 dólares.
Apesar desta descida o crude está a caminho do terceiro ganho semanal consecutivo, com subidas superiores a 6%. Esta semana, as cotações foram impulsionadas pelo anúncio feito no domingo de um corte inesperado da oferta de crude por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados – o chamado grupo OPEP+.
A OPEP+ vai apertar as torneiras em 1,6 milhões de barris por dia a partir de maio. O anúncio surpreendeu os mercados, que esperavam que o cartel mantivesse estável o seu nível agregado de produção pelo menos até à próxima reunião, que está agendada para 5 e 6 de julho.
A ajudar aos ganhos semanais esteve também a queda dos stocks norte-americanos de crude.
Euro valoriza face ao dólar após discurso de Xi Jinping
O euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, impulsionado pelas garantias do presidente chinês, Xi Jinping, de que irá manter-se ativo nas tentativas de promover conversações de paz entre a Ucrânia e a Rússia.
As palavras do líder chinês, proferidas durante um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, que está de visita oficial à China, deram força à moeda única europeia, que valoriza 0,10% para 1,0915 dólares.
O euro está também a beneficiar de um dólar ligeiramente mais fraco, um dia antes de serem divulgados os dados do emprego nos Estados Unidos.
Ouro desvaloriza ligeiramente
O ouro segue a desvalorizar, afastando-se de máximos de 13 meses, numa altura em que os investidores avaliam os mais recentes dados económicos e o possível impacto que estes terão no curso da política monetária. Ainda assim, o ouro segue a negociar acima dos dois mil dólares por onça.
O metal amarelo desvaloriza 0,65% para 2.007,64 dólares por onça, enquanto a platina soma 0,09% para 1.004,20 dólares, o paládio sobe 0,34% para 1.437,00 dólares e a prata desce 0,71% para 24,77 dólares.
O número de novos pedidos de subsídio de desemprego foi mais elevado do que o antecipado, tendo-se fixado nos 228 mil na semana que terminou a 1 de abril, acima dos 200 mil esperados pelos economistas. Estes dados, aliados aos do crescimento mais lento no setor dos serviços e da menor criação de emprego pelos privados em março, reforçou os receios de que a economia poderá estar a dar sinais de fragilidade.
Wall Street abre no vermelho com fuga ao risco a dominar Páscoa
As bolsas norte-americanas abriram no vermelho, penalizadas pela incerteza crescente de que a economia dos Estados Unidos pode estar cada vez mais próxima de uma recessão.
Depois de ontem ter sido conhecido que o setor dos serviços cresceu menos do que o esperado em março e que o setor privado criou menos empregos do que o previsto pelos economistas, foi esta quinta-feira divulgado o número de novos pedidos de subsídio de desemprego foi mais elevado do que o esperado.
Os novos pedidos de subsídio fixaram-se nos 228 mil na semana que terminou a 1 de abril, menos 18 mil do que na semana anterior, mas ainda acima das previsões dos economistas, que esperavam 200 mil.
Os mais recentes dados acentuaram o sentimento de fuga ao risco que já ontem se fez sentir nas bolsas do outro lado do Atlântico. O S&P 500, índice de referência, perde 0,43% para 4.072,98 pontos, o industrial Dow Jones desvaloriza 0,21% para 33.411,00 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,73% para 11.908,74 pontos.
Serão divulgados esta sexta-feira os dados do emprego, o que pode amenizar ou adensar as preocupações dos investidores quanto ao "estado de saúde" da economia norte-americana.
Euribor sobe para novo máximo a três meses, mantém-se a seis e cai a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três meses para um novo máximo desde dezembro de 2008, manteve-se a seis meses e desceu a 12 meses em relação a quarta-feira, mas manteve-se acima de 3% nos três prazos.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, de novo, ao ser fixada em 3,578%, menos 0,050 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,534 em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, manteve-se hoje, em 3,339%, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 9 de março.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 3,075%, mais 0,020 pontos e um novo máximo desde dezembro de 2008.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa com ganhos ligeiros antes de fechar para a Páscoa. Shell brilha entre as energéticas
A Europa começou a última sessão antes da Páscoa com ganhos ligeiros, numa altura que os investidores aguardam os números da produção industrial alemã.
Além disso, o mercado está espera da divulgação dos novos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, o que pode dar sinais sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela Fed.
O Stoxx 600 – que reúne as 600 maiores cotadas do bloco – valoriza 0,39% para 458,37 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, energia e mineração comandam os ganhos, enquanto as telecom lideram as perdas.
Entre as principais praças europeias, Madrid avança 0,28%, Frankfurt sobe 0,22% e Paris ganha 0,18%.
Por sua vez, Londres arrecada 0,53%, Amesterdão cresce 0,45% e Milão soma 0,68%. Por cá, a bolsa de Lisboa acompanha a tendência europeia e cresce 0,33%.
Os investidores estão atentos às ações da Shell que sobem 1,78% na praça londrina, após a energética ter indicado que o desempenho até março está em linha com o comportamento registado no último trimestre do ano passado.
Também os títulos da Temenos avançam 3,13%, depois da notícia da Bloomberg que dá conta de que há novos interessados na compra da empresa, após o plano de aquisição da companhia ter falhado o ano passado, devido a divergências sobre o preço do acordo.
As praças europeias geridas pela Euronext regressam à negociação só na próxima terça-feira, 11 de abril.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros aliviam na Zona Euro, à exceção da dívida italiana, numa altura em que os investidores aguardam a divulgação dos números da produção industrial alemã.
A "yield" das Bunds germânicas a dez anos – referência para o mercado europeu – alivia 2,2 pontos base para 2,154%.
Por sua vez, os juros das obrigações portuguesas a dez anos subtraem 1,9 pontos base para 3,001%.
A "yield" da dívida espanhola com a mesma maturidade perde 1,4 pontos base para 3,189%.
Já os juros da dívida italiana a dez anos agravam-se em 0,2 pontos base para 4,006%.
Euro e dólar na linha de água. Iene em queda à espera de Kazuo Ueda
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – negoceia na linha de água (-0,02%) para 101,83 pontos, depois de uma subida impulsionada pelos dados publicados esta quarta-feira e que apontam para uma desaceleração da economia nos EUA.
Por sua vez, o euro avança ligeiramente (0,06%) para 1,0912 dólares.
Numa altura em que os investidores se preparam para a Páscoa, sendo o volume de negociação mais fraco, o destaque vai também para o iene.
A moeda japonesa perdeu 0,26% para 0,0076 dólares e desliza 0,31% para 0,0070 euros, enquanto o mercado se prepara para a passagem de pasta entre Haruhiko Kuroda e Kazuo Ueda, o qual toma posse como governador do Banco do Japão na próxima semana.
Ouro desliza mas não arreda pé da fasquia dos dois mil dólares
O ouro desliza, mas continua a negociar perto de máximos de 13 meses e acima da fasquia de dois mil dólares por onça.
O metal amarelo perde 0,22% para 2.016,28 dólares por onça.
O movimento de subida do ouro foi reforçado pelos dados sobre o emprego nos EUA, os quais reforçaram a expectativa de pausa na subida das taxas de juro diretoras. Entretanto o ouro segue a perder ligeiramente.
Esta sexta-feira, os investidores vão estar atentos a mais indicadores sobre o mercado de trabalho norte-americano.
Petróleo prestes a fechar terceira semana de ganhos
O petróleo perde tanto no mercado de Nova Iorque como na praça londrina, estando porém prestes a fechar uma terceira semana de ganhos impulsionados pela decisão anunciada pelos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) de cortarem na produção diária de ouro negro.
O West Texas Intermediate (WTI)– negociado em Nova Iorque – desvaloriza 0,47% para 80,23 dólares por barril, tendo desde o início da semana valorizado quase 6%.
Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias - desliza 0,39% para 84,66 dólares por barril, mas acumula um ganho semanal de mais de 6%.
O petróleo já cresceu 25% desde meados de março, depois de na altura ter caído para mínimos de 15 meses, devido à turbulência no setor bancário tanto na Europa como nos EUA.
Entretanto a decisão da OPEP+ aliada à notícia da queda dos stocks de crude nos EUA intensificou a tendência positiva das últimas semanas.
Futuros europeus na linha de água. Ações indianas em alta com pausa na subida dos juros diretores
A negociação dos futuros sobre o Euro Stoxx 50 não estão a definir uma tendência clara sobre como pode começar a sessão desta quinta-feira.
Já a Ásia fechou em terreno negativo, pressionada pelo número de criação de empregos nos EUA, o qual ficou abaixo do esperado, alimentando o medo em torno de uma possível recessão.
Assim, os derivados sobre o índice de referência europeu seguem a negociar na linha de água.
Pela Ásia, na China, Xangai caiu 0,2% e Hong Kong deslizou 0,5%. No Japão, o Topix perdeu 1,2% enquanto o Nikkei desvalorizou 1,10%. Na Coreia do Sul, o Kospi derrapou 1,41%.
Já na índia, o "benchmark" do país, Nifty 50, arrecadou 0,24%, após o banco central ter decidido fazer uma pausa no aumento das taxas de juro diretoras.