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Wall Street no verde com recuperação das "big tech". Nvidia valoriza mais de 4%
O índice tecnológico Nasdaq liderou os ganhos das bolsas norte-americanas. Na atualidade empresarial, a Boeing caiu 0,81% com a possibilidade de a S&P Global Ratings poder reduzir o "rating" da empresa para "lixo", de acordo com informação avançada pela Bloomberg.
Wall Street encerrou a sessão desta terça-feira no verde. A impulsionar os principais índices estiveram fortes ganhos das "megacaps", com especial destaque para a Nvidia. Numa semana de divulgação de importantes dados económicos, os investidores apontam agora para uma redução de 25 pontos base das taxas diretoras, na próxima reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana, em novembro.
O S&P 500 cresceu 0,97% para os 5.751,13 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 1,45% para 18.182,92 pontos. O Dow Jones avançou 0,30% para 42.080,37 pontos.
Um índice da Bloomberg que acompanha as "Sete Magníficas" - Nvidia, Tesla, Microsoft, Apple, Amazon, Alphabet e Meta - subiu 1,5%.
Centrando as atenções na Nvidia, um fator apontado como crucial para o potencial de crescimento da empresa, de acordo com o MarketWatch, é o seu novo chip Blackwell. Com este chip a registar uma procura "louca" - nas palavras do CEO da Nvidia, Jensen Huang -, a empresa poderá vir a exceder as expectativas de receitas nos próximos trimestres.
Os executivos da Foxconn - oficialmente designada como Hon Hai Precision Industry - disseram esta terça-feira que estavam a construir no México a maior instalação do mundo para a montagem de servidores de inteligência artificial (IA) para alojar os chips GB200 da Nvidia, parte da sua arquitetura Blackwell AI.
As ações da gigante tecnológica subiram mais de 4% esta terça-feira, ampliando os ganhos registados esta segunda-feira.
O preço por ação da Nvidia – que se fixou hoje nos 132,89 dólares - está a aproximar-se do seu recorde de fecho de 135,57 dólares, estabelecido a 18 de junho.
Em relação à saúde da economia dos EUA, os investidores parecem estar com menos receios de que esteja a caminhar para uma recessão. Os dados positivos do emprego divulgados na semana passada mostraram isso mesmo. Os investidores aguardam agora por outros dados que serão divulgados no decorrer desta semana, entre eles, as atas da última reunião de política da Fed, divulgadas esta quarta-feira, seguindo-se o índice de preços no consumidor dos EUA, na quinta-feira e os dados do índice de preços no produtor, conhecidos na sexta-feira.
A governadora da Reserva Federal Adriana Kugler afirmou que o banco central deve continuar a centrar-se no objetivo de fazer regressar a inflação aos 2%, embora com uma "abordagem equilibrada" que evite um abrandamento "indesejável" do crescimento do emprego e da expansão económica. De acordo com o CME FedWatch, os investidores apostam agora numa probabilidade de quase 89% de um corte de 25 pontos base nas taxas de juro em novembro.
Quanto aos movimentos de mercado, a Boeing cedeu 0,81%. A empresa corre o risco de perder o seu "rating" de investimento com a S&P Global Ratings - que poderá vir a colocar a empresa num "rating" considerado como "lixo", de acordo com a Bloomberg. Isto porque a empresa continua a sofrer as consequências de uma greve prolongada.
Entre as "big tech", a Nvidia cresceu 4,05%, a Apple avançou 1,84%, a Meta subiu 1,39%, a Microsoft valorizou 1,26%, a Amazon somou 1,06% e a Alphabet ganhou 0,80%.