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Europa animada por dados da China. FTSE bate recorde
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
Europa animada por dados da China. Stoxx 600 em máximos de três meses
Os principais índices europeus terminaram a última sessão da semana em alta e assinalaram a quarta semana de ganhos consecutiva - a mais longa série desde finais de agosto - à boleia de um alívio dos juros da dívida soberana e dados encorajadores da economia chinesa, que mostraram um crescimento do PIB de 5% no ano passado.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, somou 0,69% para 523,62 pontos - o valor mais elevado em três meses. A registar os maiores ganhos estiveram setores mais sensíveis às taxas de juro - por terem necessidades de capital mais elevadas - como da construção e da indústria que ganharam mais de 1,5%.
Isto depois de Frank Elderson, membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu, ter afirmado, em declarações ao jornal holandês Het Financieele Dagblad, citado pela Reuters, que a autoridade monetária ainda não terminou o ciclo de descida de juros, mas que o "timing" e a dimensão de novos cortes não é certo.
Ainda a impulsionar o Stoxx 600 esteve o setor mineiro que pulou 2%, depois de a Bloomberg ter noticiado que a Glencore e a Rio Tinto estão a discutir uma possível fusão, naquele que poderá ser o maior negócio de sempre do setor.A Glencore ganhou 2,6% e a Rio Tinto perdeu 0,73%.
O único setor no vermelho foi o da saúde (-0,8%), depois de o Barclays ter alertado para um primeiro semestre desafiante para o setor.
Em destaque esteve o índice britânico FTSE 100, que atingiu um novo máximo histórico esta sexta-feira nos 8.533,43 pontos e terminou no valor mais elevado de fecho ao subir 1,35% para 8.502,22 pontos. A exposição internacional do índice impulsionou as empresas exportadoras e ajudou a ultrapassar a turbulência que enfraqueceu a libra, as "Gilts" e as ações do Reino Unido.
Além disso, as vendas do retalho no Reino Unido caíram de forma inesperada em dezembro de 2024, e juntam-se a outros dados negativos relativamente à economia do país, o que alimenta as apostas do mercado numa nova descida dos juros pelo Banco de Inglaterra.
Entre os restantes índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,2%, o francês CAC-40 valorizou 0,98%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,25% e o espanhol IBEX 35 somou 0,64%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,72%.
Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" das Bunds recuam na semana pela primeira vez desde novembro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta sexta-feira, com as "yields" das Bunds alemãs a registarem o primeiro declínio semanal desde novembro, corrigindo face ao forte agravamento registado desde o início do ano.
Os juros das Bunds alemãs a 10 anos, de referência para a Zona Euro, recuaram 1,2 pontos base para 2,530% e a "yield" equivalente de França registou um decréscimo de 2,5 pontos base para 3,309%.
Por cá, as "yields" da dívida portuguesa também a dez anos aliviaram 1,3 pontos base para 2,945%. No país vizinho, a rendibilidade da dívida espanhola recuou também 1,3 pontos para 3,168% e a da italiana desceu 0,9 pontos para 3,643%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida soberana britânica, com maturidade a dez anos, desceram 2 pontos base para 4,657%.
Ouro cede com subida do dólar, mas moeda dos EUA caminha para primeira queda semanal desde novembro
O ouro está a desvalorizar ligeiramente, pressionado por uma subida do dólar, mas permanece a caminho de um saldo semanal positivo, com as incertezas em torno das políticas do Presidente-eleito dos Estados Unidos e renovada expectativa de cortes de juros a manterem o metal acima dos 2.700 dólares por onça.
O ouro cede 0,05% para 2.713,08 dólares por onça, depois de ter atingido ontem máximos de um mês, a 65 dólares de máximos históricos atingidos em outubro no 2.790,15 dólares.
"O recuo de hoje não é significativo, é mais um movimento de tomada de mais valias do que qualquer outra coisa, talvez ajudado pelo facto de o dólar estar em alta, acrescentando alguma pressão", disse à Reuters David Meger, diretor de "trading" de metais da High Ridge Futures.
A subida semanal do ouro, denominado em dólares, acontece numa semana em que a "nota verde" deverá registar um saldo negativo, depois de uma série de seis semanas consecutivas de ganhos.
O índice do dólar segue, no entanto, em alta ligeira esta sexta-feira e soma 0,09% para 109,058 dólares, ao passo que o euro desce 0,13% para 1,01288 dólares.
Noutras divisas o iene caminha para a melhor performance semanal em um mês, sustentado por crescentes expectativas de que o Banco do Japão irá aumentar juros na próxima semana.
Petróleo em queda mas com mira em quarta semana consecutiva de ganhos
Os preços do petróleo estão a desvalorizar, mas ainda posicionados para a quarta semana consecutiva de ganhos, com as últimas sanções dos Estados Unidos à Rússia a gerarem novos receios de disrupções no mercado.
O contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 0,97% para os 77,92 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 0,79% para os 80,65 dólares.
Numa semana de fortes ganhos, "o mercado está em modo de esperar para ver e perceber se há disrupções no fornecimento de crude com base nas últimas sanções dos EUA à Rússia", comentou, citado pela Reuters, Giovanni Staunovo, analista do UBS.
Ainda a centrar atenções estão as possíveis implicações para o mercado petrolífero do retorno de Donald Trump à Casa Branca na segunda-feira. Na quinta-feira, o escolhido de Trump para secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que está disponível para impor novas sanções ao setor petrolífero russo.
"Apesar dos comentários de Marco Rubio [escolha de Trump para secretário de Estado] e Bessent irem no sentido de potenciais sanções que deverão ter impacto nos produtores de petróleo, os participantes do mercado preferem esperar para ver o que vai o próximo Presidente decidir", acrescentou o analista do UBS.
Em contagem decrescente para a chegada de Trump Wall Street avança
Com os investidores em contagem decrescente para a tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos na próxima segunda-feira, os principais índices em Wall Street estão a negociar em alta, com o mercado a antecipar um conjunto significativo de mudanças políticas sobre a nova administração.
O industrial Dow Jones soma 0,7%, para os 43.454,33 pontos, enquanto o S&P 500 ganha 0,73% para 5.979,51 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite pula 1,16% para 19.561,7 pontos.
Resultados acima do esperado dos maiores bancos norte-americanos e sinais de que a inflação poderá estar a abrandar geraram maior exposição ao risco e colocam o S&P e o Dow Jones a caminho da maior subida semanal desde a semana das eleições, a 5 de novembro. Já o tecnológico Nasdaq aponta para o melhor saldo semanal desde inícios de dezembro.
A animar a sessão desta sexta-feira estão algumas das grandes tecnológicas que corrigiram ontem face aos fortes ganhos de quarta-feira. A Nvidia avança 2,3% e a Broadcom sobe 2,45%, depois de o Barclays ter elevado os preços-alvo para ambas as cotadas.
Já a Intel escala 7,83%, depois de o site de notícias SemiAccurate ter revelado que teve acesso a um email sobre uma outra empresa, não especificada, que estaria a tentar adquirir a totalidade da fabricante de "chips".
Euribor desce a três, seis e 12 meses, mas mantém-se acima de 2,5% nos 3 prazos
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, mas manteve-se acima de 2,5% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,704%, continuou acima da taxa a seis meses (2,642%) e da taxa a 12 meses (2,524%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 2,642%, menos 0,026 pontos do que na quinta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou hoje, para 2,524%, menos 0,039 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu hoje, ao ser fixada em 2,704%, menos 0,040 pontos do que na sessão anterior.
Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.
A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).
Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 30 de janeiro em Frankfurt.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Bolsas europeias otimistas com crescimento económico da China. FTSE 100 atinge recorde
Os principais índices europeus estão a negociar com ganhos significativos, com os investidores a reagirem aos dados do PIB da China. A segunda maior economia do mundo cresceu 5% no ano passado, elevando o sentimento positivo das empresas europeias.
Destaque para o índice britânico FTSE 100, que atingiu um novo máximo histórico esta sexta-feira. A exposição internacional do índice impulsionou as empresas exportadoras e ajudou a ultrapassar a turbulência que enfraqueceu a libra, as "Gilts" e as ações do Reino Unido.
Além disso, as vendas do retalho britânico caíram de forma inesperada em dezembro de 2024, e juntam-se a outros dados negativos da economia do país, o que alimenta as apostas do mercado em mais uma descida dos juros pelo Banco de Inglaterra.
O índice chegou a subir 1% para 8475,35 pontos, e, este ano, tem sido impulsionado sobretudo pelos ganhos da Shell, da BP e da Astrazeneca.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,60% para 523,18 pontos e está perto de um salto semanal de mais de 2% e paira perto dos máximos históricos. A subida do "benchmark" deve-se à reação do mercado relativamente à inflação subjacente nos EUA, que volta a colocar em cima da mesa um possível corte de juros pela Reserva Federal.
Todos os 20 setores que compõem o Stoxx 600 estão a negociar em terreno positivo, sobretudo as ações ligadas aos setores automóvel, da construção e dos recursos básicos, que sobem perto de 1,5%.
Entre os principais movimentos de mercado, a Glencore ganha 2,6% e a Rio Tinto perde 0,73%, após esta quinta-feira se ter sabido que duas das maiores mineradoras a nível mundial estavam discutem uma possível fusão, naquele que poderá ser o maior negócio de sempre do setor.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax e o francês CAC-40 sobem perto de 1% e o italiano FTSEMIB avança 1,14%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,44% e o espanhol IBEX 35 soma 0,63%.
A atenção dos mercados vai seguir agora para a tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos EUA. Os investidores estarão atentos às políticas do republicano, incluindo as tarifas alfandegárias.
Juros aliviam na Zona Euro. Taxa de inflação na mira
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a registar um alívio esta sexta-feira, minutos antes de ser conhecida a taxa de inflação do conjunto dos países do bloco.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, cede 2,8 pontos base para 2,931%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola desce 3 pontos base para 3,151%.
Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, recua 1,7 pontos base, para 2,525%. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade alivia 2,9 pontos base, para 3,305%, enquanto a da italiana perde 3,8 pontos até 3,614%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, cedem 2,1 pontos base para 4,656%.
Dólar põe em pausa seis semanas de ganhos. Iene continua subida
A moeda do Japão está a caminho do melhor desempenho semanal em mais de um mês, ainda a beneficiar das previsões de subida dos juros pelo Banco do Japão na reunião de política monetária da próxima semana.
A subida do iene colocou o dólar norte-americano em desvantagem, a poucos dias de Donald Trump voltar à Casa Branca. Ainda assim, a nota verde avança 0,4% para 155,77 ienes.
Ouro na linha d'água, mas perto de máximos de cinco semanas
Os preços do ouro estão a negociar na linha d'água esta sexta-feira, mas pairam ainda perto de máximos de cinco semanas e acima da fasquia dos 2.700 dólares.
O metal amarelo recua ligeiros 0,09% para 2.711,82 dólares por onça e deverá terminar a semana a valorizar 1%. Esta será a terceira semana consecutiva de ganhos.
O ouro está a segurar as subidas dos últimos dias à boleia das expetativas dos investidores por um corte das taxas de juro ainda no primeiro semestre do ano, isto depois de a inflação subjacente nos EUA ter sido mais fraca do que o previsto.
Além disso, Christopher Waller, governador da Reserva Federal, disse esta quinta-feira que três ou quatro descidas dos juros diretores ainda estão em cima da mesa, isto se os dados económicos dos EUA enfraquecerem ainda mais.
Sanções à Rússia continuam a elevar preços do crude
Os preços do crude estão a recuperar da queda ontem registada e voltam à corrida para a quarta subida semanal consecutiva. A possibilidade de mais sanções dos Estados Unidos ao mercado energético da Rússia afetaram a oferta, elevando os preços do mercado e as taxas de envio.
O contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 0,88% para os 79,37 dólares por barril e prepara-se para fechar a semana com ganhos de 3,6%.
Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – valoriza 0,66% para os 81,83 dólares e ganha, até a esta hora, 2,6% na semana.
Os analistas consultados pela Reuters estimam que cerca de 10% da frota mundial de petrolíferas está sujeita a sanções dos EUA.
Os investidores estão ainda a tentar perceber se o fornecimento será novamente interrompido depois de Donald Trump voltar à Casa Branca, na próxima segunda-feira.
Futuros da Europa inalterados. Ásia morna após PIB da China
Os futuros das bolsas europeias apontam para uma sessão sem rumo definido e seguem inalterados, a avaliar a última sessão de Wall Street, que encerrou no vermelho, penalizada pelas ações ligadas à tecnologia.
Na Ásia, o índice MSCI do Ásia-Pacífico interrompeu uma série de três dias de ganhos, com os investidores a ignorarem as notícias de que a economia da China acelerou ao ritmo mais rápido em seis trimestres. No ano o PIB do país cresceu 5% e, no quatro trimestre de 2024, aumentou 5,4%.
A segunda maior economia do mundo atingiu o objetivo de crescimento do Governo no ano passado, depois dos pacotes de estímulo e de um "boom" nas exportações, isto antes que a imposição das tarifas alfandegárias pelos EUA comecem a penalizar a "chave" da expansão chinesa.
Isto "sinaliza que as medidas de estímulo estão a ter impacto", disse à Bloomberg Charu Chanana, da Saxo Markets. "Mas, não exclui o facto de os mercados chineses ainda enfrentarem ventos contrários, bem como os riscos das tarifas", acrescentou.
Na China, em Hong Kong, o Hang Seng ganha 0,32%, enquanto o Shanghai Composite avança 0,18%.
No Japão, os índices continuam em queda, pressionados pela previsão de aumento de juros pelo Banco do Japão na reunião da próxima semana, que tem mantido o iene a ganhar 1% face ao dólar no acumulado da semana.
Em contraciclo, no Japão, o Topix desce 0,33% e o Nikkei desvaloriza 0,31%. Na Coreia do Sul, o Kospi recua 0,16%.
Apesar da quebra nas ações asiáticas, estas caminham para um ganho semanal, impulsionadas pelo aumento das apostas em cortes nas taxas de juro pela Reserva Federal, que o mercado acredita que possam vir mais cedo do que o esperado.