O Governo quer ter o novo aeroporto de Lisboa a funcionar o mais rapidamente possível. Apontou para a conclusão das obras em 2034, mas a ANA diz que será necessário mais tempo para ter a infraestrutura apta para receber aviões e passageiros. Há um diferencial de três anos entre o que o Executivo pede e o que a concessionária diz ser possível.

Este atraso é justificado com os prazos de desenvolvimento do projeto, os procedimentos de autorização, nomeadamente os associados às "licenças ambientais", assim como à complexidade das obras, que exigem "um longo tempo de preparação, movimentações de terras significativas, as questões associadas a fornecimentos de materiais e múltiplas interfaces entre os diferentes tipos de obra a realizar", explica o relatório inicial da ANA, sobre o novo aeroporto, divulgado esta sexta-feira pelo Governo.

"Com base nestes fatores, a ANA prevê a abertura do novo aeroporto de Lisboa em meados de 2037", refere o relatório, depois de o Executivo ter já vindo informar que pretende que a concessionária avance com a preparação da candidatura à construção.

Mas a ANA diz que há a possibilidade de reduzir o prazo. Fruto de otimizações do cronograma, admite que "poder-se-á considerar uma antecipação da abertura do novo aeroporto de Lisboa até ao final de do ano de 2036".

Ainda assim, esta data excede em muito aquele que é o objetivo do Governo, que pretende ter a infraestrutura a funcionar em 2034. No comunicado em que pede à ANA para avançar com a proposta, o Executivo sublinha o prazo de duração da construção, de seis anos, como um dos que serão discutidos.

O Governo diz que estudará juntamente com a concessionária "alternativas que permitam abreviar as fases anteriores ao início da obra, de forma a antecipar a conclusão do projeto".