O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, disse aos presidentes russo e ucraniano estar "pronto a realizar esforços para mediar as negociações entre as duas partes".
Em conversas telefónicas com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, o príncipe saudita manifestou o apoio a "uma solução política" para o conflito.
De acordo com os media sauditas, Putin telefonou a Mohammed bin Salman, que "clarificou a posição do reino saudita quanto ao conflito". Já o Kremlin indicou que os dois líderes discutiram preocupações com a energia e "irao continuar a coordenar as suas posições" no que respeita à produção petrolífera no seio da OPEP+.
Segundo a BBC, o príncipe saudita terá ligado a Zelensky e indicado que a Arábia Saudita iria prorrogar por três meses os vistos de turistas e residentes ucranianos cujos documentos estejam prestes a expirar.
Notícia
Os principais desenvolvimentos de quinta-feira, ao minuto
Acompanhe aqui os desenvolvimentos ligados à guerra da Ucrânia e aos mercados.
- Futuros apontam para abertura mista com atenções viradas para a guerra da Ucrânia
- Número de refugiados ucranianos atinge as 875 mil pessoas
- Depois da S&P, Fitch e Moody's também atiram "rating" da Rússia para o "lixo"
- Jerónimo Martins retira 16 produtos russos e bielorussos dos supermercados na Polónia
- Ouro com ganhos ligeiros a recuperar do tombo da sessão anterior
- Euro a descer há quatro sessões e em mínimos de maio de 2020. Dólar ganha força
- Juros das dívidas soberanas a subir
- Petróleo com ganhos expressivos. Brent já "rondou" a marca dos 120 dólares
- Bolsas europeias a negociar de forma mista. Polymetals afunda 30% devido à exposição à Rússia
- Perante cenário de sanções, empresas russas tentam abrir conta em banco chinês
- PSI-20 em terreno negativo com cotadas do grupo EDP a pesar
- Volkswagen e Ikea cortam relações com a Rússia. Japão congela ativos de oligarcas russos
- Joe Biden encontra-se esta sexta-feira com presidente finlandês em Washington
- Brent arrefece escalada após máximos de 2013
- UE pode reduzir em mais de um terço importações de gás natural russo num ano
- Destruição, fuga e manifestações. A invasão da Rússia à Ucrânia em imagens
- Wall Street em terreno positivo. S&P 500 a subir há duas sessões
- Escalada do petróleo acalma e "ouro negro" já negoceia com perdas
- Arranca a segunda ronda de negociações entre delegações da Ucrânia e da Rússia
- Ouro em queda. Paládio renova máximos de julho
- Euro continua em mínimos de dois anos. Rublo regressa a 2003
- Ucrânia vai avançar com novo leilão de títulos de guerra
- Putin diz a Macron que vai atingir os objetivos "via militar"
- Evolução da guerra na Ucrânia atira mercados europeus para mínimos de maio
- AIE apela a UE para não renovar contratos de fornecimento de gás com Gazprom
- Após Ucrânia e Geórgia, Governo moldavo pede adesão à UE
- Kiev e Moscovo chegam a acordo para "corredores de evacuação"
- Arábia Saudita oferece-se para mediar conflito entre Kiev e Moscovo
- Incêndio na maior central nuclear da Europa após ataque russo
Os futuros apontam para uma abertura cautelosa nas praças europeias, numa altura em que todas as atenções continuam viradas para a guerra na Ucrânia. Enquanto os futuros do Stoxx 50 apontam para uma valorização de 0,05%, os futuros do inglês FTSE, por exemplo, cedem 0,243%.
A bolsa de Moscovo continuará encerrada esta quinta-feira, à semelhança daquilo que tem acontecido nas sessões anteriores. Com o número de sanções que visam a Rússia a aumentar, todos os desenvolvimentos ligados ao conflito, nomeadamente sobre os avanços do regime de Vladimir Putin em solo ucraniano, são analisados à lupa.
Na Ásia, a sessão decorreu com ganhos, ainda em reação às palavras de Jerome Powell, o líder da Fed, que demonstrou que vê com bons olhos uma subida das taxas de juro de 25 pontos base ainda este mês.
Os índices japoneses fecharam a negociação em alta, com o Topix a valorizar 1,2% e o Nikkei a avançar 0,7%. Na Coreia do Sul, o Kospi somou 1,6% e em Hong Kong o Hang Seng valorizou 0,5%. A bolsa de Xangai escapou a esta tendência de ganhos e caiu 0,1%.
"Como o número de refugiados da Ucrânia que fugiram para países vizinhos atinge os 875.000, vou à Roménia numa visita que me levará também à Moldova e à Polónia nos próximos dias -- para avaliar a situação dos refugiados e garantir apoio dos governos anfitriões do ACNUR [Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados]", escreveu no Twitter.
Na manhã de quarta-feira, o número de refugiados da Ucrânia para países vizinhos havia atingido as 836.000 pessoas. Os novos dados representavam um aumento de quase 160.000 pessoas em relação ao número apresentado na terça-feira pelo Alto Comissário para os Refugiados, Filippo Grandi.
Na altura, Filippo Grandi dava conta da existência de 677.000 refugiados ucranianos, o que o levou a fazer um apelo de emergência para financiamento de ajuda humanitária ao país e aos que fugiram.
Dos 835.928 refugiados contabilizados pelo ACNUR até à manhã de quarta-feira, mais de metade (453.982 pessoas) foi acolhida pela Polónia. Desde o início das hostilidades e do fluxo de refugiados que se seguiu, a Polónia tem sido o principal país anfitrião, seguido da Hungria, onde se encontram 116.348 refugiados, ou seja, 14% do total.
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Contactada pela Lusa, fonte oficial da Jerónimo Martins, dona da Biedronka na Polónia, país que tem acolhido milhares de refugiados ucranianos, disse que, "até ao momento", a atividade da cadeia de supermercados "não foi afetada".
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O ouro está a avançar 0,14%, depois de na sessão anterior ter tombado 0,85%, com as palavras do líder da Fed, que apontou para a possibilidade de uma subida de 25 pontos base nos juros ainda este mês, a pesar na cotação.
Já esta manhã, esta valorização neste metal eleva a cotação da onça para os 1.931,43 dólares.
Desde que o conflito na Ucrânia teve início, na passada quinta-feira, que o ouro tem visto o preço da onça escalar, ficando cada vez mais confortável acima da fasquia dos 1.900 dólares.
Assim, nestes primeiros meses de 2022, o ouro soma ganhos acima de 5%, sobretudo amparados pela incerteza trazida pelo conflito na Europa, que leva os investidores a procurar refúgio em alguns ativos, como é o caso dos metais preciosos.
Ainda assim, os analistas ouvidos pela Bloomberg referem que "apesar de o risco e a procura por ativos-refúgio continuar a manter os preços do ouro elevados, o caminho para um patamar superior poderá ser limitado pela expectável subida das taxas de juro pela Fed em meados de março", diz Avtar Sandu à Bloomberg, ‘senior manager’ de commodities da Phillip Nova.
A moeda única está, assim, a recuar 0,19% face ao dólar, para os 1,1098 dólares, um mínimo de maio de 2020 face à "nota verde".
Também a libra esterlina está a cair ligeiramente face ao dólar, neste caso 0,05%, para 1,3399 dólares.
Do outro lado do Atlântico, o dólar avança 0,12% perante um cabaz composto por divisas rivais.
Nota ainda para o rublo, a moeda russa, que continua a desvalorizar perante o dólar norte-americano, neste caso a ceder 1,13%.
As bunds alemãs a dez anos avançam 0,6 pontos base para um ataxa de 0,025%.
Em Itália, a subida nos juros também a dez anos é mais expressiva (2,7 pontos base) para uma taxa acima de 1%, mais concretamente de 1,575%.
Na Península Ibérica, os juros espanhóis sobem 1,6 pontos base, para uma taxa de 1,01%, enquanto em Portugal se verifica um agravamento de 1,2 pontos base, para uma taxa abaixo de 1%, mais concretamente nos 0,862%.
A invasão está a gerar receios de uma escassez de petróleo no mercado, fazendo mexer os preços. Apesar da escalada dos preços, a OPEP+ decidiu esta quarta-feira manter o plano de produção de petróleo. A Rússia, que iniciou esta ofensiva militar contra a Ucrânia, integra este grupo dos países exportadores de petróleo e respetivos aliados.
Esta manhã, o brent do Mar do Norte já tocou nos 119,84 dólares, em máximos de 2013. Nesta altura, o brent avança 4,15% em Londres e o preço do barril já recuou ligeiramente, para 117,62 dólares.
Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a avançar 4,05%, com o barril nos 115,08 dólares.
As bolsas europeias estão a oscilar entre perdas e ganhos, com o conflito na Ucrânia no centro das atenções. O Stoxx 600, que agrupa as maiores cotadas europeias, está a desvalorizar 0,06% para 446,07 pontos.
As quedas no Stoxx 600 estão a ser lideradas pelo setor das 'utilities', que recua 1,64% esta manhã, seguido pelo setor dos media, que cede 0,9%.
Já do lado dos ganhos, o setor dos recursos básicos está em destaque, a valorizar 3,22%, seguido pela banca, que avança 1,19%, depois de na sessão anterior ter valorizado também mais de 1%.
Entre as 600 cotadas do índice pan-europeu, as empresas com exposição à Rússia estão a registar quedas significativas. A anglo-russa Polymetals, que se dedica à área dos metais, está a afundar 30,92% em Londres, por exemplo, a cotar nas 2,12 libras.
Também a Telecom Italia está em destaque do lado das quedas, a ceder 13,73%, depois de apresentar resultados.
O português PSI-20 está a valorizar 0,36%, a segunda maior valorização entre as praças europeias. Do lado dos ganhos, nota ainda para a bolsa de Milão, que valoriza 0,41%.
Já do lado das quedas, o espanhol IBEX está a ceder 0,54%, enquanto o alemão DAX desvaloriza 0,46% e o francês CAC 40 0,1%. Nota ainda para a depreciação de 0,09% do inglês FTSE e a queda de 0,19% da bolsa de Amesterdão.
Citando fontes próximas do assunto, a agência de um banco estatal da China em Moscovo, na Rússia, estará a receber um número crescente de empresas russas que pretendem abrir conta.
"Nos últimos dias, entre 200 a 300 empresas já nos abordaram, interessadas em abrir novas contas", avançou uma fonte à Reuters, que trabalha na agência do banco chinês na capital russa.
A agência não especifica qual é o banco ou as empresas russas em questão. Há alguns bancos estatais chineses a operar em Moscovo, nomeadamente o Industrial & Commercial Bank of China, o Agricultural Bank of China ou ainda o Bank of China e o China Construction Bank.
"É uma lógica muito simples. Se não é possível usar dólares norte-americanos ou euros e os EUA e a Europa estão a parar de vender muitos dos produtos [russos], não há outra opção se não virarem-se para a China. A tendência é inevitável", comentou esta fonte à Reuters.
O PSI-20 desvaloriza 0,83%, com oito cotadas em alta, nove a cair e duas inalteradas - a Novabase e a Pharol.
As cotadas do grupo EDP estão a pesar do lado das quedas: a EDP cai 3,4% (3,98 euros) e a EDP Renováveis desvaloriza 3,28% (20,64 euros). Nota também para o BCP, que está a depreciar 1,67%.
Do lado dos ganhos, destaque para a subida de 2,2% da Mota-Engil e para a Corticeira Amorim, que avança 2,01%. Destaque ainda para a Galp, que aprecia 0,57%. A Jerónimo Martins está a apreciar 0,39%.
A fabricante alemã anunciou esta quinta-feira que vai deixar de produzir veículos e de exportar para a Rússia, colocando um ponto final num período de quase três décadas de investimento no país.
Por sua vez, a sueca do imobiliário também anunciou que vai cortar relações comerciais com a Rússia e a Bielorrússia, uma média, que segundo as contas da própria empresa, vai prejudicar cerca de 15 mil colaboradores.
A lista de empresas que decidiram cortar relações com a Rússia, na sequência da invasão á Ucrânia já vai longa, depois de vários gigantes como a Exxon Mobil e a Shell terem anunciado o fim das relações comerciais com o país liderado por Vladimir Putin.
Esta notícia surge na mesma altura, em que o Japão anunciou que vai congelar ativos de oligarcas russos. Para Tóquio "é um ultraje que o presidente Vladimir Putin tenha ordenado às forças nucleares para estarem em alerta máximo", pode ler-se num comunicado emitido pelo governo japonês e citado pela Bloomberg.
Esta quinta-feira, a ideia de adesão da Finlândia à NATO foi discutida no Parlamento finlandês, depois de o governo do país ter anunciado que vai enviar armas para a Ucrânia.
Segundo as sondagens, a percentagem de apoiantes no país de uma adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte subiu de 30% para 53% e a oposição desceu de 43% para 28%.
O catálogo de dez medidas propostas pela AIE vai desde a não assinatura de novos contratos de fornecimento com a Rússia, à procura de outros fornecedores, passando pela promoção de todo o tipo de alternativas (energias renováveis, biomassa ou nuclear) e pela melhoria da eficiência energética.
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Os três principais índices norte-americanos arrancaram a sessão em terreno positivo, depois no dia anterior Wall Street ter encerrado com ganhos superiores a 1%, com as declarações do líder da Fed a animar os investidores.
Já esta quinta-feira, enquanto as principais bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo, o industrial Dow Jones avança 0,68% para 34.123,19 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq aprecia 0,5% para 13.821,41 pontos. Já o S&P 500 avança também 0,5 para 4.408,31 pontos.
Também a contribuir para este otimismo dos índices norte-americanos estão os números de pedidos de subsídios de desemprego. Na semana passada, foram contabilizados menos 18 mil pedidos, reduzindo o número total para 215 mil. Este é o número mais baixo desde o início do ano.
Além de estarem atentos aos desenvolvimentos ligados à Ucrânia, os investidores estão também atentos à evolução dos preços das 'commodities'. O petróleo, que começou o dia com ganhos expressivos, inverteu para terreno negativo e tanto o brent como o WTI estão a registar desvalorizações ligeiras.
Tanto o West Texas Intermediate (WTI) como o brent do Mar do Norte estão a negociar em terreno negativo.
Enquanto o WTI desvaloriza 0,9%, com o barril a negociar nos 109,61 dólares em Nova Iorque, o brent está a cair 0,36% para 112,52 dólares.
O conflito na Ucrânia tem vindo a dar força à escalada do petróleo, com os mercados a recear uma situação de escassez.
A informação foi avançada no Twitter por um dos membros da delegação da Ucrânia, que indica que, em cima da mesa, está a discussão de um cessar-fogo imediato, um armistício e a definição de corredores humanitários de evacuação de civis.
Na primeira ronda, os russos pediram que a Ucrânia se declare estado neutro, cedendo na sua intenção de se juntar à NATO.
Start talking to Russian representatives. The key issues on the agenda:
— ??????? ??????? (@Podolyak_M) March 3, 2022
1. Immediate ceasefire
2. Armistice
3. Humanitarian corridors for the evacuation of civilians from destroyed or constantly shelled villages/cities. pic.twitter.com/Pv0ISNjsod
O metal amarelo está a cair 0,2% para 1.925,59 dólares a onça, depois de já ter sofrido uma queda de 0,9% esta quarta-feira.
Por sua vez o paládio, cujo 40% da produção mundial está a cargo da Rússia - está a disparar 4,3% para 2.732,18 dólares a onça, renovando máximos de julho. A platina acompanha este movimento positivo, enquanto a prata está a cair.
"Apesar de o ouro continuar acima dos 1.900 dólares, a realidade é que não consegue subir acima do nível alcançado no final do mês passado, o que pode ser explicado por uma forte pressão no mercado físico para venda", explicou Adrian Ash, responsável pelo departamento de "research" da BullionVault, em entrevista à Bloomberg TV.
Esta quinta-feira, o líder regional da Fed em St. Louis, James Boulard, foi ao encontro das palavras de Powell reforçando a necessidade "de sair rapidamente da política monetária acomodatícia", segundo noticia a Reuters.
Paralelamente, e também durante o dia de hoje, o presidente do banco central em Chicago, Charles Evans, frisou esta ideia ao afirmar que "a política monetária precisa de ser ajustada rumo à neutralidade".
A moeda única europeia recuperou ligeiramente durante a tarde, estando no entanto a desvalorizar 0,50% para 1,1063 dólares, continuando em mínimos, como não era visto desde o dia 28 de junho de 2020.
Para os analistas da TD Securities, "apesar da ligeira recuperação ainda não é tempo de investir no par euro/dólar. A incerteza geopolítica está a motivar uma venda acelerada do par", sublinha a casa de investimento numa nota de "research", citada pela Bloomberg.
Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg -- que compara a "nota verde com 16 divisas rivais -- está a somar 0,38% para 96,75 pontos, depois de Powell ter defendido mais uma vez a necessidade de subir 0,25 pontos base nas taxas de juro já em março.
Já o par dólar/rublo afundou 10% em 117,2275 rublos, caindo para o nível intradiário mais fraco desde 2003.
O governo vai usar o slot habitual de terça-feira para pôr os títulos à venda, com o valor a reverter para bens como roupa e calçado, cobertores e camas de hospital. O governo ucraniano quer também financiar material militar como capacetes e coletes à prova de bala.
No primeiro leilão de títulos de guerra, no início desta semana, a Ucrânia arrecadou 8,1 mil milhões de hryvnia (cerca de 250 milhões de euros), junto de investidores e interessados do mundo inteiro.
O presidente francês, Emmanuel Macron, falou hoje por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltando a apelar para que se siga o caminho diplomático.
De acordo com o Palácio do Eliseu, foi Putin quem pediu para conversar com Macron para transmitir que a invasão da Ucrânia está a decorrer "como previsto" e que se os ucranianos não aceitarem a desmilitarização e um estatuto neutro pela via diplomática, Moscovo "ia conseguir estes objetivos através da via militar".
Durante o telefonema, que durou cerca de hora e meia, Macron disse "a verdade ao presidente Putin de como vemos esta guerra e as suas consequências para a Rússia a longo prazo" mas "infelizmente" a conversa "também serviu para ouvir a determinação do presidente russo para continuar esta operação militar até ao fim", disse hoje fonte do Eliseu aos jornalistas.
Os argumentos, como a desnazificação da Ucrânia, continuaram a ser utilizados pelo dirigente russo, com Emmanuel Macron a argumentar que isso era uma mentira, como reiterou na noite de quinta-feira quando se dirigiu aos franceses.
O Presidente francês alertou Putin que o seu país acabará "isolado, enfraquecido e a sofrer sanções durante muitos anos", tentando sensibilizar ainda para a situação humanitária na Ucrânia, pedindo para serem criados corredores seguros para a saída dos civis.
Após a conversa com Putin, Emmanuel Macron ligou a Volodymyr Zelensky com quem mantém contacto regular. O presidente ucraniano voltou a frisar que a Ucrânia "não se vai render", embora as negociações prossigam hoje entre as duas representações na Bielorrússia.
O maior tombo foi dado pelo espanhol IBEX, que caiu 3,72%, seguido das bolsas de Londres (-2,57%), Milão (-2,35%), Amesterdão (-2,16%) e Frankfurt (-2,16%), todas com quedas acima de 2%. Já o francês CAC recuou 1,84%. Lisboa (-0,88%) e Atenas (-0,19%) acabaram por ter as quedas menos expressivas.
JHá o índice Stoxx 600 - de referência para o bloco e que agrega as principais empresas europeias - caiu 2,01% para 437,36 pontos, em mínimos de 19 de maio, com todos os setores no vermelho exceto o dos recursos básicos. Turismo (-4,63%) e retalho (-4,60%) são os que mais pressionam.
"A sensação que tenho é que estamos a chegar a um ponto agudo que será resolvido rapidamente, que é a minha aposta, ou será até resolvido muito rapidamente. Mas apostaria que a fraqueza de curto prazo nos mercados é temporária e normalmente vemos isso quando há um encerramento europeu em baixa e, em seguida, um salto nos EUA ao final do dia", afirmou Thomas J Hayes, presidente da Great Hill Capital LLC.
O índice de referência Stoxx 600 agora caiu 12% em relação ao recorde deste ano devido a preocupações de bancos centrais cada vez mais agressivos e inflação crescente. A invasão da Ucrânia pela Rússia aumentou as preocupações dos investidores, principalmente porque a guerra elevou os preços das commodities e as sanções podem deprimir a recuperação econômica europeia.
O organismo quer que o bloco reduza a dependência da Rússia em um terço, no espaço de um ano. Atualmente a UE importa mais de 15 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano à Gazprom e, com os contratos a chegarem ao final em 2022, Fatih Birol, CEO da AIE, apelou a que Bruxelas não os renove, numa conferência de imprensa esta quinta-feira.
O responsável afirmou que a Rússia usava o gás como arma de guerra, uma vez que providencia 40% do gás total usado na Europa.
Para compensar, a AIE sugere que se compre a matéria-prima a outros fornecedores, se invista mais em renováveis e se aposte em melhorar a eficiência energética da indústria e serviços.
"Assinámos hoje o pedido de adesão à UE", disse em conferência de imprensa a presidente do país, Maia Sandu, eleita em 2020 com um program pró-ocidente.
"Certas decisões devem ser tomadas de maneira rápida e determinada", sublinhou.
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Ainda assim, Podolyak indicou que as duas partes alcançaram um entendimento para "assegurar conjuntamente corredores humanitários para evacuar civis pacíficos e fornecer medicamentos e alimentos aos locais onde os combates são mais ferozes".
O responsável disse ainda que foi aventada a possibilidade de um cessar-fogo temporário. "Sublinho que é apenas uma possibilidade, mas foi colocada a hipótese de um cessar-fogo temporário durante o período de evacuação em certas regiões".
Um incêndio deflagrou na central nuclear de Zaporizhzhya, a maior da Europa e que fornece um terço da energia à Ucrânia, após um bombardeamento russo, indicou o presidente da câmara local. No YouTube foram transmitidas imagens do incêndio num canal local.
Na sua conta do Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, exigiu que as forças russas cessem imediatamente os bombardeamentos e advertiu que se a central explodir será "10 vezes pior do que Chernobyl".
Russian army is firing from all sides upon Zaporizhzhia NPP, the largest nuclear power plant in Europe. Fire has already broke out. If it blows up, it will be 10 times larger than Chornobyl! Russians must IMMEDIATELY cease the fire, allow firefighters, establish a security zone!
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 4, 2022