Os mercados em números

PSI-20 caiu 1,40% para 4.860,14 pontos

Stoxx 600 caiu 1,01% para 337,48 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,64% para 1988,91 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 2,9 pontos base para 3,166%

Euro avança 0,15% para 1,1030 dólares

Petróleo desce 2,52% para 39,81 dólares por barril, em Londres

Bolsas caem pela segunda sessão

As bolsas europeias recuaram pela segunda sessão, pressionadas principalmente pelas produtoras de matérias-primas. O Stoxx 600, o índice que reúne as principais cotadas na Europa, caiu 1,01% para 337,48 pontos. A publicação de indicadores que confirmam o abrandamento das exportações chinesas e da economia japonesa penalizou as acções. Entre as principais praças europeias, a Grécia destacou-se com um ganho de 0,91%, que contrasta com as quedas em torno de 1% das principais pares.

A bolsa de Lisboa foi a que mais recuou. O PSI-20 caiu 1,40%, pela segunda sessão consecutiva. A Galp Energia foi a cotada que mais pressionou o índice. A petrolífera recuou 3% para 10,83 euros, acompanhando a tendência de queda do petróleo. A Jerónimo Martins também pressionou, ao ceder 1,30% para 13,635 euros.

Juros sobem em véspera de leilão

Os juros da dívida portuguesa avançaram, na véspera do duplo leilão de obrigações do Tesouro. A subida ligeira dos juros nacionais surge numa sessão de tendência de descida na Europa. A taxa das obrigações portuguesas a 10 anos subiu 2,9 pontos base para 3,166%. Em Espanha, os juros recuaram 2,2 pontos base para 1,568%. A "yield" das "bunds" alemãs caiu 4,2 pontos base para 0,182%, elevando o prémio de risco para 298,4 pontos.

Euribor a três e seis meses fixam novos mínimos

As taxas Euribor caíram nos prazos a três, seis, nove e 12 meses. A Euribor a três meses recuou para -0,221%, fixando um novo mínimo histórico. A taxa a seis meses caiu para -0,138%, o novo valor mais baixo de sempre. No prazo a nove meses, o indexante caiu para -0,081% e a Euribor a 12 meses desceu para -0,025%.

Mark Carney pressiona libra

A libra interrompeu uma série de seis sessões a valorizar, no dia em que o governador do Banco de Inglaterra foi ouvido no parlamento britânico. Mark Carney defendeu que a saída do Reino Unido da União Europeia pode pressionar a economia britânica, ameaçar a estabilidade financeira e levar alguns bancos a sair de Londres. Após as declarações de Carney, a libra recuou um máximo de 0,64% para 1,4174 dólares. Segue a cair 0,22% para 1,4233 dólares e 0,37% para 1,2903 euros.

Petróleo regressa às quedas

O petróleo regressou às quedas, recuando de máximos de dois meses, após seis sessões a valorizar. A expectativa de um novo aumento das reservas nos EUA está a pressionar a matéria-prima. O Brent, negociado em Londres, cai 2,52% para 39,81 dólares, após ter superado a fasquia dos 41 dólares, pela primeira vez desde Dezembro na sessão anterior. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 3,14% para 36,71 dólares por barril.

China penaliza metais industriais

A China revelou uma queda nas exportações, reforçando os receios dos investidores em torno do abrandamento da segunda maior economia mundial. Com a perspectiva de uma menor procura do maior consumidor de metais, o níquel e o cobre recuaram. O níquel liderou as quedas, perdendo 2,5% pela segunda sessão. O cobre cai 0,8% para 4.962 dólares por tonelada métrica.

Destaques do dia

Bruxelas avisa: Portugal está entre os países que acumulam mais desequilíbrios excessivos. A Comissão Europeia vai apertar a vigilância sobre Portugal sobre o andamento das reformas estruturais porque, para além dos riscos nas contas públicas, o país é um dos cinco países da União Europeia que acumula mais desequilíbrios macroeconómicos.

Afinal, o que são os títulos do Montepio que vão para o PSI-20? É inédito na bolsa nacional. Vai haver títulos no índice de referência que não são acções, mas sim unidades de participação de um fundo de uma instituição financeira. Saiba como surgiram estes instrumentos.

Havia forma de fintar as restrições na aposta na descida das acções? A utilização dos instrumentos que apostam na deterioração do perfil de crédito dos bancos poderia ser uma forma de contornar as limitações às apostas na descida das acções. Mas a táctica não foi utilizada.

Venda do Novo Banco: bolsa ou espanhóis são as opções. Em Abril, o Banco de Portugal entrega na CMVM o projecto do prospecto de venda do Novo Banco em bolsa. OPV está a ser preparada como plano B e será opção se não houver venda directa, cujos candidatos são espanhóis. Alienação é decidida em Julho.

Banco de Inglaterra: "Brexit" pode afectar economia e provocar fuga de bancos. O governador do banco central, Mark Carney, alertou para os riscos do "Brexit" para a economia britânica, admitindo que alguns bancos poderiam sair do país. O banco central irá reforçar a linha de liquidez para a banca, antes do referendo.

O que vai acontecer amanhã

Financiamento. O IGCP realiza duplo leilão de obrigações do Tesouro.

Fundo Soberano da Noruega. O Fundo Soberano da Noruega divulga os investimentos realizados em 2015.

Alemanha. Será conhecido o saldo da balança comercial da Alemanha, em Janeiro.

INE. O INE publica o índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria, em Janeiro.