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Wall Street no vermelho após cinco sessões positivas
As bolsas norte-americanas encerraram em terreno negativo. Os receios vindos da Ásia foram um dos motivos para o desempenho, que também foi penalizado pela queda dos preços das matérias-primas.
As bolsas dos Estados Unidos seguiram a tendência negativa da Europa e fecharam esta terça-feira, 8 de Março, em terreno negativo. Foi o fim de um ciclo de cinco sessões seguidas no verde.
O índice Dow Jones perdeu 0,64% para 16.964,10 pontos ao passo que o S&P 500, que estava no maior ciclo seguido de ganhos desde Outubro, fechou com uma descida de 1,1% para 1.979,28 pontos. O tecnológico Nasdaq recuou 1,26% para 4.648,824 pontos.
Na Europa, a sessão já tinha sido negativa, com as bolsas europeias a recuarem devido à queda do preço das matérias-primas. O petróleo cedeu depois de ontem ter disparado. O petróleo segue a perder 3,43% para 39,44 dólares por barril em Londres e 4,27% para 36,28 dólares por barril em Nova Iorque (contratos futuros). Isto no dia em que o Goldman anunciou que os ganhos recentes nas matérias-primas são temporários. Assim, a queda do petróleo também pressionou Wall Street.
A Alcoa perdeu mais de 7% mas também o sector financeiro esteve em baixa. O Bank of America fechou a perder 3,47% para 13,06 dólares ao passo que JPMorgan e Goldman recuaram em torno de 2%.
A forte queda registada nas exportações chinesas, que recuaram 25% naquele que é o maior recuo em quase sete anos, penalizou as bolsas. Esta terça-feira aumentaram os receios em torno das estimativas de crescimento global, depois de terem sido revelados dados preocupantes sobre não só a segunda como também a terceira maior economia do mundo.
No caso do Japão, o produto interno bruto contraiu 1,1% no final do ano passado. Ainda que o valor seja menos negativo do que a primeira projecção, o consumo privado desceu 0,9%, aumentando os receios em torno da evolução da procura doméstica.
"Após três semanas de ganhos, estamos a assistir a uma tomada de lucros desencadeada pelos dados menos positivos vindos da Ásia", referiu, em declarações à Bloomberg, Heinz-Gerd Sonnenschein, estratego do Deutsche Postbank. "Também é uma questão de fazer uma pausa e esperar para ouvir Draghi esta semana e a Fed logo depois".
Os investidores vão estar atentos à reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), esta semana, e ao encontro de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos, na próxima, para reunirem indicações sobre a trajectória dos juros.